09/08/2021 - 8:02
Lançado oficialmente em setembro de 2011, o Snapchat deve comemorar seu décimo ano de vida na melhor fase. Há 20 dias, as ações da empresa escalaram a casa acima dos US$ 70 e não desceram mais. Na sexta-feira (6) fecharam a US$ 75,98. Quando seu IPO (Oferta Inicial de Ações, na sigla em inglês) foi feito, no primeiro trimestre de 2017, os papéis começaram a ser negociados a US$ 24. Quem investiu US$ 10 mil naquele momento, hoje tem algo como US$ 31,6 mil. Uma valorização de 216%. Outro número recorde é o de usuários diários ativos (DAU), que no segundo trimestre de 2021 alcançaram 293 milhões, alta de 23% sobre o mesmo trimestre do ano passado e de 44% em cima de 2019.
Criado por Evan Spiegel, Bobby Murphy e Reggie Brown, três amigos estudantes de Stanford, em abril de 2011, seria lançado em julho como Picaboo – dois meses depois, rebatizado para Snapchat. O aplicativo foi revolucionário ao criar o conceito de mensagens instantâneas, efêmeras (com tempo de duração) e efeitos de câmera, inovações que transformaram o app em objeto de desejo do Facebook. A empresa de Mark Zuckerberg tentou comprar o Snapchat pelo menos em duas oportunidades e foi rechaçada. A resposta do Face? ”Homenagear” o concorrente “inventando” o Stories.
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A performance do Snapchat nos últimos meses fez a empresa aumentar a receita no segundo trimestre de 2021 e se aproximar de US$ 1 bilhão (chegou a US$ 982 milhões, 116% acima do mesmo período do ano passado). Ainda assim, o resultado é negativo: prejuízo trimestral de US$ 152 milhões, mas um número abaixo da metade em relação há um ano, quando as perdas somaram US$ 326 milhões.
Estrategicamente, a aposta da companhia tem nome: Realidade Aumentada (RA). Segundo Evan Spiegel, 31 anos, seu cofundador e CEO, “mais de 200 milhões de snapchatters se envolvem com Realidade Aumentada todos os dias, em média, e mais de 200 mil criadores usam o Lens Studio para construir soluções de RA”. Afinal, como oficialmente eles se declaram, “a Snap Inc é uma empresa de câmeras e acreditamos que reinventar a câmera representa nossa maior oportunidade”.