26/08/2025 - 7:00
Um levantamento do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) apontou que os cursos de Engenharia não estão entre os desejados quanto antes. O estudo feito em parceria com o Instituto Locomotiva mostrou uma redução no interesse dos jovens em seguir carreira na área, com 12% dos estudantes entrevistados respondendo ter interesse em cursar Engenharia (considerando todas as áreas).
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O percentual equivale a cerca de 2,3 milhões de jovens no Brasil, segundo estimativas baseadas na PNAD 2024, do IBGE. Mais de um terço dos entrevistados afirmam sentir insegurança com matérias que envolvem matemática. Participaram da pesquisa 1.150 estudantes do Ensino Médio.
A pesquisa também revela que 79% dos estudantes acreditam que falhas na educação básica desmotivam o início ou a continuidade de cursos de graduação. Entre aqueles que pretendem cursar Engenharia, as dificuldades financeiras e o interesse por outras áreas aparecem como principais motivos para uma possível desistência. A área de Exatas, no geral, foi apontada como preferência de 28% dos estudantes.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que o Brasil enfrenta uma crise na formação desses profissionais, com um déficit estimado em 75 mil engenheiros.
Já 49% dos pesquisados disseram ter preferência por Humanas, desses, 53% são mulheres e 45% homens. E outros 23% citaram as Ciências Biológicas como prioritária.
Ciências Humanas na dianteira
- Ciências Exatas perdem espaço para Humanas na preferência por cursos superiores
- 49% preferem disciplinas de Humanas, contra 28% que optam por Exatas.
- O nível médio de segurança com matemática é de apenas 5,2 (em uma escala de 0 a 10)

Matemática e custos afastam jovens da Engenharia
Segundo o estudo, 22% dos que disseram rejeitar a área cataram dificuldades com matemática como principal motivo. Entre os interessados em cursar Engenharia, apenas 16% se sentem “muito seguros” com cálculos. 8 em cada 10 estudantes consideram os cursos de Engenharia caros, fator que pode levar à desistência. 23% dos interessados no curso apontam dificuldades financeiras como o principal motivo para eventual abandono.