Veri Viana, guia de turismo e voluntário no combate ao fogo

“Ajudei no combate ao incêndio e estamos nos revezando. Não se aguenta ficar muito tempo: o calor é demais e é muito seco. Nos anos anteriores, os focos eram mais centralizados, mas, neste ano, são muitos, em vários locais e distantes. Pontos considerados cartões-postais, como o Jardim de Maitreya, já queimaram. E esses locais são de veredas, que jamais poderiam queimar porque ajudam a segurar a água para os rios.

Vários animais já foram queimados, como os veados. E as aves, nem se fala. Nesse momento, em que começam as chuvas, as aves estão criando penas: o pato-mergulhão, em extinção, e filhotes de arara. Elas não conseguem voar. O fogo vem e a fumaça já é suficiente para matá-las.

Até conseguem apagar o fogo, mas, no outro dia, reacende. Já tive três grupos de turistas ligando para cancelar passeios. As pessoas têm medo.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.