05/03/2019 - 19:08
Mesmo sob chuva, uma hora após o resultado da vitória, a quadra da Mancha Verde, na região da Ponte da Pompeia, zona oeste de São Paulo, já estava tomada de torcedores. Grupos de amigos, famílias com crianças e casais chegavam no fim da tarde à quadra da agremiação para comemorar o título inédito da escola do Palmeiras.
Os vencedores tremulavam bandeiras do Palmeiras enquanto no palco a bateria tocava o samba-enredo da agremiação: “Oxalá, Salve a Princesa! A Saga de uma Guerreira Negra”. Na composição, a escola exalta símbolos das origens africanas, citando maracatu, Iemanjá e Zumbi dos Palmares.
Envolta em uma bandeira da Mancha Verde, a palmeirense “roxa” Maria Luíza Ribeiro, de 3 anos, dançava no colo da mãe, a farmacêutica Carla Ribeiro, 33, na porta da quadra da escola. As duas saíram para respirar um pouco.
“Viemos cedo e vamos ficar pouco por causa dela”, disse Carla, que saiu da zona leste, onde mora, com o marido palmeirense, para comemorar o título da agremiação.
Apesar de ser corintiana, Carla celebrava na quadra da Mancha a vitória do time rival: “A Mancha mereceu. O desfile estava mais bonito, as fantasias bem acabadas, uma comissão de frente lindíssima. A Gaviões foi muito apelativa. Satanás vencer Cristo na comissão de frente foi inversão da história. Não precisa disso para vencer o carnaval.”