Pegue um empresário do setor de eventos, some um cantor conhecido por criar canções repletas de críticas sociais e acrescente um organizador de festas com trânsito livre no mundo dos moderninhos. Resultado: uma sociedade que promete levar os jovens bem nascidos de São Paulo para o Centro da cidade, uma região degradada em busca de revitalização. Os personagens: Marcus Buaiz, dono da MBuaiz, Marcelo Falcão, o líder da banda O Rappa, e Cacá Ribeiro, promoter de festas descoladas da capital paulista. Os três, com perfis diferentes, vão inaugurar o Royal Bar. A casa, com inauguração prevista para maio, funcionará como bar e, depois da meia noite, como boate no cruzamento das avenidas São Luís com a Consolação. ?O investimento é de R$ 1 milhão?, diz Buaiz. Será um lugar no qual a música eletrônica não encontrará espaço.

O repertório terá canções brasileiras mixadas e, nas quartas-feiras, hip hop escolhido por Falcão. Mas, se os fãs do Rappa pretendem ir até lá para vê-lo, é melhor pensar duas vezes. A entrada custará cerca de R$ 100 e as mesas dos camarotes chegarão a, no mínimo, R$ 1 mil. Pode parecer absurdo, excessivamente caro, mas o negócio tem tudo para dar certo. Afinal, Marcus Buaiz tem vasta experiência no setor de entretenimento. Com apenas 28 anos, Buaiz já comanda uma empresa com faturamento de R$ 20 milhões. Seus negócios incluem o Oi Fashion Tour, desfiles de moda itinerantes por vários estados brasileiros, o Vitória Pop Rock, show musical que reúne milhares de pessoas na capital do Espírito Santo, e outros sucessos no mundo de eventos. Seu conhecimento é tão grande que já há gente interessada em se associar ao grupo para erguer o Royal Bar em outros estados. ?Já estamos procurando um ponto no Rio de Janeiro?, diz Buaiz, que prevê o retorno do investimento em um ano. Mas há ainda uma questão: pessoas tão diferentes podem se dar bem quando há dinheiro em jogo? ?Os meus sócios são bem sucedidos no trabalho?, diz Falcão. ?Essa mescla é o sucesso do negócio?.