07/02/2023 - 11:05
Por Kiyoshi Takenaka
TÓQUIO (Reuters) – A SoftBank Group Corp divulgou nesta terça-feira prejuízo trimestral, pressionada pela unidade de investimentos Vision Fund, que seguiu no vermelho pelo quarto trimestre consecutivo.
O Vision Fund, que fez grandes apostas no mercado de tecnologia, teve um prejuízo com investimentos de 730,36 bilhões de ienes (5,52 bilhões de dólares) no terceiro trimestre fiscal. Considerando todo o SoftBank, o prejuízo líquido totalizou 783,42 bilhões de ienes ante lucro de 29,05 bilhões um ano antes.
Os resultados podem deixar os investidores ainda mais ansiosos para ver uma oferta pública inicial (IPO) da designer britânica de chips Arm, considerada um dos ativos mais valiosos do grupo japonês. O SoftBank pretende listar a Arm até o final de 2023, disse a empresa.
“A situação continua difícil”, afirmou o vice-presidente financeiro da Softbank, Yoshimitsu Goto.
A Arm fez “um bom progresso em termos de preparação para IPO”, disse Navneet Govil, diretor financeiro do fundo, à Reuters após os resultados, acrescentando que há cerca de 30 empresas no portfólio do fundo que devem abrir o capital quando os mercados estiverem prontos.
O SoftBank disse que o Vision Fund reduziu significativamente novos investimentos e continua vendendo alguns ativos como parte de uma “gestão financeira defensiva prudente” em meio ao ambiente desafiador do mercado.
A maior parte da perda do Vision Fund veio do declínio acentuado na avaliação de investimentos em empresas não listadas. A unidade tinha investimentos em 348 companhias até o final de dezembro, das quais 311 são privadas.
Entre as empresas listadas do portfólio do Vision Fund, a indonésia Goto Gojek Tokopedia, a plataforma de comércio eletrônico sul-coreana Coupang e o provedor de espaço de trabalho WeWork contribuíram para o prejuízo.
O prejuízo líquido do Softbank também marcou uma forte reviravolta em relação ao lucro de 3 trilhões de ienes que a empresa informou no trimestre anterior, de julho a setembro, quando foi impulsionado pela venda de parte de sua participação no chinês Alibaba Group.