André Izidoro, astrofísico da Universidade de Rice, nos EUA, juntou uma equipe que criou uma simulação computadorizada da formação do nosso Sistema Solar. Segundo os dados desta equipe, regiões de gás e poeiras com elevada pressão teriam circundado o nosso Sol e, ao serem puxadas pela força gravitacional, aqueceram e libertaram grandes quantidades de gás vaporizado.
É também nesses pontos de elevada pressão que partículas sólidas, como poeiras, acabam por se acumular: “O efeito do ponto de pressão elevado é que coleta partículas de pó e é por isso que vemos anéis”, explica Andrea Isella, que também participa no estudo. Sem esses anéis, a força gravitacional do Sol puxaria as partículas para si e as eliminaria, não deixando espaço, nem tempo para que os planetas se formassem e crescessem: “É preciso algo que os pare para dar tempo para crescerem e se tornarem planetas”, afirma Isella ao Space.com.
Com o passar do tempo, os gases e poeiras ali retidos arrefeceram e deram origem a ‘sementes’ que depois originaram os planetas. Os pontos de elevada pressão regularam quanto material estava disponível para formar planetas na parte interior do sistema solar.
De acordo com as simulações, registaram-se três grupos distintos, com o anel mais próximo do Sol ‘gerando’ Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, o intermediario deu origem aos planetas mais distantes e o anel mais longínquo a originar cometas, asteroides e outros corpos da cintura de Kuiper.