13/10/2004 - 7:00
Estudos sobre o comportamento dos consumidores mostram que 85% das decisões de compra são realizadas no ponto-de-venda. São três segundos para olhar, captar e desejar o produto. Nem mais, nem menos. Diante das estatísticas, as fabricantes de aparelhos de som perceberam uma realidade que está revolucionando a indústria: som é para ver. Como a tecnologia é quase parelha entre as grandes marcas, o design tornou-se moeda de valor. ?Na época do modernismo, os objetos eram apenas funcionais?, diz Suzana Sacchi Padovano, coordenadora do curso de desenho industrial da Faap. ?Hoje, as pessoas desejam algo que funcione e tenha uma beleza estética.? Justamente por isso, as principais companhias do setor deslocam um batalhão de profissionais para descobrir quais são as tendências, as preferências dos consumidores e desenhar novos produtos. ?O design passou a ser adotado como estratégia de empresas frente à concorrência?, diz Paola Sansão, diretora da Meglio Consultoria, especializada em imagem de marca.
Quem larga na frente em busca da estética perfeita tem lugar garantido nas prateleiras mais sofisticadas do planeta. A Philips, por exemplo, é uma das empresas que mais investem em imagem de produto. ?Temos uma das maiores equipes do mundo nas áreas relacionadas a design?, disse à DINHEIRO Gus Rodriguez, o diretor de design da marca no mundo inteiro. Os profissionais da companhia trabalham intensamente em cada produto e chegam a levar dois anos para finalizar um projeto. Cada detalhe é minuciosamente estudado para agradar os consumidores. A mesma preocupação é vista no quartel general da dinamarquesa Bang & Olufsen, em Stuart. A marca, uma das preferidas dos decoradores, é referência em estética. Tanto é que 18 aparelhos de som da empresa fazem parte do acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMa. Mais uma prova de que o som é para ver.
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