Nesta segunda-feira (7) a sonda Juno se aproximou da maior lua de Júpiter, Ganimedes. A NASA diz que a sonda chegou a 1.038 quilômetros da superfície da lua, um voo mais próximo dos últimos 20 anos, desde a Galileo em 2000.

A Juno vai captar imagens de alta definição da lua para ajudar a clarificar a sua composição, a sua ionosfera, magnetoesfera e a sua concha de gelo. Espera-se ainda que as medições do ambiente radiativo perto de Ganimedes ajudem em futuras missões ao planeta. Segundo a NASA, a lua é maior que o planeta Mercúrio, sendo a única no sistema solar com a sua própria magnetoesfera, ou seja, uma espécie de bolha com partículas carregadas à volta do corpo celestial.

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A agência espacial diz que os instrumentos sensíveis de Juno vão permitir observar Ganimedes de formas nunca antes possíveis. O seu papel vai ser fundamental para futuras missões ao sistema de Júpiter que já estão alinhadas, como a Europa Clipper da NASA, ainda sem data, e a JUpiter ICy moons Explorer (JUICE) marcada para o próximo ano, com chegada prevista a Júpiter em 2029.

Ganimedes é uma lua gelada, e luas geladas estão atraindo muita atenção dos cientistas planetários atualmente. O gelo não é incomum nas luas; há até mesmo alguns na lua da Terra. Mas algumas das grandes luas ao redor dos planetas externos têm quantidades significativas de água, e acredita-se que algumas tenham oceanos líquidos sob suas superfícies geladas.

Os pesquisadores compreenderam que esses mundos aquáticos podem abrigar algum tipo de vida, embora estejam longe do sol. O puxão gravitacional dos planetas gigantes que eles orbitam pode ajudar a explicar como o gelo é capaz de derreter.