Uma série de novas pesquisas sugerem que o estágio profundo do sono – quando os sonhos são raros e o cérebro segue uma batida lenta e constante – pode ajudar a reduzir os níveis de beta-amilóide e tau, duas proteínas presentes nas pessoas com Alzheimer. Segundo o professor de neurociência e psicologia da Universidade da Califórnia, Matthew Walker, há algo nessa etapa do sono que protege o cérebro.

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Uma das pesquisas surge após décadas de observações que associam o sono deficiente a problemas de memória e pensamento a longo prazo. A evidência mais forte que envolve o sono profundo é quando a temperatura corporal cai e o cérebro começa a produzir ondas elétricas lentas e rítmicas.

O estudo focou em pessoas na faixa dos 70 anos, os cientistas usaram varreduras cerebrais para monitorar os níveis de beta-amilóide em cada participante por até seis anos. Os resultados mostraram que as pessoas que se aprofundaram menos tiveram mais dessas proteínas.

Outros estudos descobriram que a falta de sono profundo está associada a níveis mais elevados de tau, que forma emaranhados tóxicos dentro das células cerebrais de pessoas com Alzheimer.