10/10/2023 - 17:37
O mercado residencial de aluguel na cidade de São Paulo registrou o trimestre com o menor crescimento nos preços desde 2021. O valor médio do metro quadrado dos novos contratos de aluguel subiu 0,98% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o segundo trimestre de 2023. No entanto, o preço médio do metro quadrado no mês de setembro chegou a R$ 58,94, o maior valor registrado desde o início da série histórica.
Segundo os dados do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, todos os tipos de imóveis contribuíram para o cenário. Apartamentos e casas de 1 quarto registraram alta de 0,58% no período, em comparação com o segundo trimestre. Foi o pior resultado desde o terceiro trimestre de 2021. Os imóveis de dois e três dormitórios também foram impactados pela redução do ritmo do mercado, com o pior resultado para um período de três meses em dois anos (1,89% e 1,61%, respectivamente).
+ Aluguel registra nova alta em maio e avança 16,52% em 12 meses
Em comparação com os últimos três meses, um em cada três bairros registrou desvalorização do preço do metro quadrado. Ao todo, 35 dos 110 bairros monitorados tiveram queda no valor, em comparação com o segundo trimestre deste ano.
A principal retração foi registrada no Jardim América, na Zona Oeste da capital, onde os preços caíram 10,8% no período. Sítio do Mandaqui (-9,7%), Alto dos Pinheiros (-9,6%), Jardim Peri (-8,4%) e Vila Califórnia (-8,3%) completam a lista dos cinco bairros com maior desvalorização no período.
A alta dos preços para o consumidor tem diminuído no geral. Em outubro de 2022, o acumulado em 12 meses atingiu o ápice (15,25%). Desde então, vem caindo mês a mês. O patamar registrado em setembro (9,98%) é o menor desde maio do ano passado, quando os novos aluguéis acumulavam alta de 9,81% no período de 12 meses.
“O movimento em São Paulo não é isolado. Dados do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb indicam que a tendência de desaceleração começa a ser vista em outras capitais, como Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG)”, avalia Vinicius Oike, economista do Grupo QuintoAndar.
