12/08/2023 - 11:00
Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prenderam nesta sexta-feira, 11, dois homens que se passavam por funcionários da empresa responsável pela manutenção das redes elétricas e furtavam a fiação de postes na Marginal Pinheiros. Eles faziam parte de um esquema que clonava viaturas, equipamentos, uniformes e sinalizações similares aos da companhia de São Paulo.
A prisão foi feita em flagrante na alameda Gabriel Monteiro da Silva, no Jardim Paulista, na zona sul da capital, quando a equipe de policiais da 3.ª Delegacia Patrimônio interceptou um Fiat Mobi com logomarcas idênticas à da empresa responsável pela rede elétrica. O veículo também circulava com a placa clonada de uma viatura a serviço da prestadora.
Durante a operação, foram recuperados 52 pedaços de cabos aéreos, 24 deles no veículo e outros 28 escondidos pelos suspeitos. Segundo o Deic, o custo do reparo entre o material furtado pela quadrilha e a mão de obra causou prejuízo de R$ 127 mil.
Os fios furtados pelos dois suspeitos é avaliado como um dos mais valiosos da rede elétrica por ter a função de junção dos postes. Esse é um tipo de emenda de segurança utilizada para evitar que ocorra o arrastamento dos postes em casos de acidentes.
De acordo com as investigações, o material era furtado em quatro locais da zona sul. Três desses pontos ficavam na Avenida Nações Unidas: no numeral 20.499; no cruzamento com a Avenida João Dias, e na esquina com a Rua Alexandre Dumas. O outro ficava na esquina das ruas Castro Verde com Acari, já em Santo Amaro.
A empresa prestadora de serviços avalia que o furto dos fios colocou em risco a rede elétrica de mais de 8 mil clientes, dentre eles hospitais e forças de segurança, além de empresas, escritórios e residências.
Os dois homens detidos foram autuados por furto, associação criminosa, atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
Os policiais seguem investigando agora um terceiro homem envolvido no esquema, apontado como o responsável por orientar e dar sustentabilidade à operação, inclusive com o aluguel do veículo utilizado nos furtos. Ele é ex-funcionário da empresa e apontado como a pessoa encarregada de vender os produtos roubados aos receptadores.