02/03/2023 - 12:39
Por Joe Skipper e Steve Gorman
CABO CANAVERAL, Flórida (Reuters) – A SpaceX enviou uma tripulação de quatro homens para orbitar a caminho da Estação Espacial Internacional (ISS) no início da quinta-feira, com um cosmonauta russo e um astronauta dos Emirados Árabes Unidos se juntando a dois tripulantes da NASA para o voo.
O veículo de lançamento da SpaceX, que consiste em um foguete Falcon 9 com uma cápsula Crew Dragon operada de forma autônoma chamada Endeavour, decolou às 2h34 (horário de Brasília) do Centro Espacial Kennedy da NASA em Cabo Canaveral, Flórida.
O voo aconteceu 72 horas depois que uma tentativa inicial de lançamento foi paralisada nos minutos finais da contagem regressiva na manhã de segunda-feira devido a um bloqueio no fluxo do fluido de ignição do motor. A NASA disse que o problema foi corrigido ao substituir um filtro entupido e limpar o sistema.
Cerca de nove minutos após o lançamento desta quinta-feira, o estágio superior do foguete colocou o Crew Dragon em órbita preliminar, enquanto atravessava o espaço a mais de 20 vezes a velocidade do som.
Momentos depois que a cápsula atingiu a órbita, um gerente de controle de missão da SpaceX foi ouvido pelo rádio brincando com a tripulação: “Se você gostou do seu passeio, por favor, não se esqueça de nos dar cinco estrelas”.
O comandante da tripulação, o astronauta da NASA Stephen Bowen, respondeu pelo rádio: “Gostaríamos de agradecer pela grande viagem para a órbita hoje”.
A equipe espera que a viagem à Estação Espacial Internacional (ISS), um laboratório orbitando cerca de 420 quilômetros acima da Terra, levasse quase 25 horas, com encontro planejado para ao redor de 3h15 (horário de Brasília) na sexta-feira.
A missão científica de seis meses da tripulação abrangerá cerca de 200 experimentos e demonstrações de tecnologia, desde pesquisas sobre o crescimento de células humanas no espaço até o controle de materiais combustíveis em microgravidade.
A ISS, do tamanho de um campo de futebol, tem sido operada continuamente por mais de duas décadas por um consórcio liderado pelos Estados Unidos e pela Rússia que inclui Canadá, Japão e 11 países europeus.