27/08/2021 - 3:02
No próximo dia 31, chega ao Brasil (mais) um serviço de streaming: o Star Plus (ou Star+), uma nova plataforma da Disney para os países da América Latina.
O objetivo do Star+ é reunir outros conteúdos distribuídos pela empresa para além dos que já existem no Disney+ (Marvel, Star Wars, Pixar, National Geographic e, claro, Disney), que estreou por aqui em novembro de 2020. A plataforma contará, por exemplo, com programação esportiva da ESPN, filmes e séries do Star (a antiga Fox), produções exclusivas e parte do catálogo do Hulu – outro streaming da empresa do
Mickey, disponível apenas nos EUA.
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O Star+ foi anunciado em agosto de 2020 pelo CEO da Disney, Bob Chapek; meses depois, em dezembro, o serviço foi confirmado, com mais detalhes sobre o seu funcionamento. Mas para entender essa história (e por que a Disney resolveu lançar outro streaming), é preciso voltar alguns anos, quando a empresa deu início a um dos maiores acordos da história da indústria do entretenimento.
No dia 14 de dezembro de 2017, a Disney anunciou a compra da 21st Century Fox por US$ 52 bilhões. A aquisição englobou toda a divisão de entretenimento da Fox (estúdios de TV e cinema, canais a cabo, etc.); outros setores da empresa, como o canal de notícias Fox News, permaneceram sob comando do bilionário Rupert Murdoch.
O acordo chamou a atenção pela quantidade de novas marcas e franquias que ficariam sob o guarda-chuva da Disney: Os Simpsons, X-Men, Avatar e Planeta dos Macacos, só para citar algumas. Foi a quarta maior transação do setor, atrás apenas de alguns acordos entre a Time Warner e empresas de telecomunicações, como a americana At&T.
Aquisições do tipo, claro, não acontecem da noite para o dia. Depois da notícia, a empresa de telecomunicações americana Comcast ofereceu US$ 65 bilhões pela 21st Century Fox (a companhia já era dona desde 2011 de outro conglomerado de mídia, a NBCUniversal). A proposta obrigou a Disney a subir o valor para US$71,3 bilhões, preço final do negócio com a Fox.