16/01/2025 - 14:38
A rede de cafeterias Starbucks implementou uma mudança de diretrizes relevante nas suas lojas da América do Norte (EUA e Canadá), passando a exigir que, para permanecer dentro dos estabelecimentos, seja necessário comprar e consumir. Todavia, no Brasil, não há previsão que essa política seja adotada.
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Questionado pelo site IstoÉ Dinheiro, a operação brasileira da rede frisou que a medida vale somente para as lojas Starbucks da América do Norte e que não há previsão de implementação em outros países.
As lojas da Starbucks no Brasil são administradas pela Zamp, que também, opera no país as redes Burguer King e Popeyes.
A mudança nos Estados Unidos e Canadá revertem uma política de quase sete anos que permitia ao público em geral permanecer no local sem consumir nada.
A rede de cafeterias permitia acesso às mesas e banheiros porque, em meados de 2018, ocorreu um episódio que culminou na prisão de dois homens negros – Rashon Nelson e Donte Robinson – em uma das lojas na Filadélfia após um deles tentar usar o banheiro enquanto o outro estava sentado em uma mesa.
Os funcionários da unidade em questão chamaram a polícia, alegando que os homens estavam invadindo o local porque não haviam comprado nada e não haviam saído do estabelecimento mesmo sendo solicitados para tal, após o uso do banheiro ter sido negado.
O incidente gerou protestos em várias lojas da Starbucks e pressionou a empresa a agir. O próprio CEO da empresa, à época Kevin Johnson, foi publicamente pedir desculpas e classificar o episódio de “reprovável”.
O executivo ainda se reuniu pessoalmente com Rashon e Donte para buscar uma resolução. Em resposta à controvérsia, a empresa fechou mais de 8.000 lojas nos Estados Unidos por um dia para realizar treinamentos sobre preconceito racial.
Anos após isso, os executivos agora voltam a ter preocupações acerca de segurança e limpeza das unidades.
“É necessário redefinir as expectativas sobre como nossos espaços devem ser usados e por quem devem ser usados,” disse Sara Trilling, presidente da Starbucks na América do Norte, em carta enviada a funcionários da companhia nesta semana.