06/10/2022 - 12:26
SÃO PAULO (Reuters) – A startup Gostei chega ao setor de empresas de transporte por aplicativo com a premissa de integrar mobilidade em um modelo de negócio que promete previsibilidade de rendimentos para motoristas.
A plataforma irá iniciar suas operações em 24 de outubro na cidade de Jundiaí (SP), escolhida para receber o piloto da startup com 120 motoristas cadastrados e a fase de testes deve durar em torno de seis meses.
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O presidente-executivo e co-fundador da Gostei, Antonio Vieira, afirmou que o negócio tem sido desenvolvido nos últimos 20 meses.
A Gostei vai disputar espaço entre centenas de aplicativos de mobilidade no país incluindo os das gigantes Uber e 99.
Com isso, a empresa afirma focar em segurança dos passageiros, tema que tem sido alvo de investimentos do setor, e rentabilidade dos motoristas em meio ao ambiente de custos elevados com combustível no país.
Entre as funcionalidades do novo aplicativo está a verificação de identidade dos passageiros por meio de selfies para confirmação da corrida, de acordo com algumas condições da viagem solicitada como áreas considerados de risco e horário. Também haverá a possibilidade de solicitar um carro dirigido por uma mulher para as passageiras e suas famílias; e botões de emergência para pedir ajuda à polícia ou ambulância.
Mais informações para o motorista
Vieira afirmou que os motoristas terão as informações sobre as corridas como destino e valor a ser recebido antes mesmo de decidirem aceitá-las.
A taxa cobrada dos motoristas por corrida pela Gostei será fixa em 25%, não tendo alteração de acordo com a rota ou horário do dia. Ao final de cada corrida a empresa promete que os motoristas já receberão o valor devido em uma conta digital.
Rivais como Uber e 99 cobram dos motoristas percentuais das corridas que podem variar de acordo com o horário e distância percorridos entre 5% até 40%, de acordo com as empresas, mas podem ultrapassar 60% em alguns casos, segundo a Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp). A Uber comentou que no passado, a taxa de serviço cobrada dos motoristas parceiros pela intermediação de viagens era fixa em 25%, mas desde 2018 se tornou variável.
Sobre o valor a ser cobrado pela Gostei, Vieira disse que “não é a menor tarifa do mercado, mas também não é a maior”. Segundo ele, o modelo adotado pela empresa traz um nível de satisfação maior para o motorista porque ele “já sabe a ‘regra do jogo’ então pode fazer a conta dele antes de aceitar a viagem”.
Além do serviço principal, a empresa também irá oferecer transporte para menores desacompanhados, onde o familiar ou responsável poderá monitorar o trajeto realizado com o menor via smartphone por GPS e chamada de viagens para terceiros que não possuem o aplicativo.
O investimento no projeto, disse Vieira é de mais de 2,5 milhões de reais de capital próprio dele e do sócio Ricardo Margaretic. Após o lançamento, a Gostei planeja investir mais 2,5 milhões para expansão do negócio.
A plataforma projeta faturamento de 11 milhões de reais até o final de 2023, e 155 milhões de reais em 5 anos, disse Vieira.
(Por Beatriz Garcia)