NOVA YORK (Reuters) – A vice-governadora de Nova York, Kathy Hochul, buscou na quarta-feira se distanciar do governador Andrew Cuomo, que renunciou após acusações de assédio sexual, dizendo que quando assumir o cargo, nenhum funcionário que se comportou de forma antiética manterá o emprego.

“Ninguém jamais descreverá minha administração como um ambiente de trabalho tóxico”, disse Hochul, que assumirá o cargo de governadora em duas semanas, durante entrevista coletiva em Albany.

Como a segunda maior autoridade eleita no Estado, Hochul vai substituir Cuomo, seu colega democrata que renunciou na terça-feira depois que a procuradoria do Estado concluiu que ele assediou sexualmente mulheres, criando um local de trabalho hostil.

Hochul expressou apoio a muitas das políticas de Cuomo, inclusive em questões sociais e ambientais, mas delineou uma grande divisão nas questões que levaram à renúncia do governador. Ela disse ser “muito claro” que ela e Cuomo não eram próximos.

Enquanto se prepara para assumir o comando de Nova York, o quarto Estado mais populoso dos EUA, Hochul afirmou que passará as próximas duas semanas avaliando a disseminação da Covid-19 e conversando com autoridades de saúde estaduais.

Cuomo enfrentou questionamentos sobre se seu governo tentava ocultar a extensão das mortes em lares para idosos devido à pandemia. Ele negou qualquer irregularidade e defendia o modo como lidou com a pandemia do coronavírus.

Quando questionada sobre como vai tratar as mortes em lares para idosos, Hochul prometeu que seu governo será “totalmente transparente”.

(Reportagem de Julia Harte)

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