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ALTA TENSÃO: Petrobras e Vale, que desabaram em 2008, são as mais indicadas pelas corretoras para 2009

 

QUEM NÃO TEM MEDO DA ALTA VOLTAgem da bolsa de valores encontra agora uma oportunidade histórica para comprar papéis desvalorizados de forma exagerada no final do ano passado. Mas em quais ações investir? A decisão é individual e nunca deve ser feita de forma apressada, sem uma boa análise dos números da empresa, do setor de atuação e da economia como um todo. Para começar, vale a pena dar uma olhada nas sugestões das corretoras de valores e bancos. Antes de investir, peça relatórios detalhados sobre as ações e os setores. E lembre-se: ação é um investimento de risco. DINHEIRO solicitou a seis instituições uma lista com cinco papéis para investir em 2009.

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As sugestões envolvem 19 empresas diferentes. Não houve unanimidade, mas a campeã de indicações foi a Petrobras, com cinco indicações. Papel mais negociado na BM&FBovespa em 2008, a Petrobras movimentou quase R$ 1 bilhão em 12 meses. “A Petrobras precisa estar na carteira por ser um papel com liquidez, o que também viabiliza estratégias com derivativos”, diz Ricardo Martins, gerente de análise da Planner. A oscilação do preço do petróleo, que chegou a valer quase US$ 150 o barril e depois recuou para a casa dos US$ 50, pode ser um problema para a companhia. “A margem de lucro da Petrobras pode diminuir com a queda no preço do combustível no mercado interno e a consequente recuperação do preço no mercado internacional”, alerta Wagner Salaverry, chefe de análise do Geração Futuro. Por outro lado, a Petrobras é uma das poucas empresas no mundo com reservas e novos campos de prospecção do óleo negro. “Ela está no setor mais rentável do mundo e é uma das poucas com perspectiva de aumento de produção no longo prazo”, afirma José Góes, economista da WinTrade. Outro atrativo é a liquidez do papel. Os preços-alvo sugeridos vão de R$ 36 a R$ 44,25.

A segunda colocação entre as indicações ficou com outra blue chip: a Vale está na carteira de quatro corretoras. A companhia de mineração é a que recebeu o maior número de alertas dos analistas. Ela depende fundamentalmente das condições do mercado internacional para obter resultados e a desaceleração da economia global deve afetar o apetite pelo aço e demais minérios de ferro. Outro ponto desfavorável é que a China, seu maior cliente, já pediu revisão do preço pago pela commodity e pode repetir o pedido neste ano. Com todos esses percalços a enfrentar, por que a Vale faz parte da sugestão de investimento? O valor da sua ação recuou 51,1% durante a crise. E, segundo os analistas, a queda foi além do valor real da empresa. O segundo ponto favorável é que os primeiros estrangeiros que sentirem confiança em investir no Brasil começarão pela dupla Vale e Petrobras, o que tende a elevar as cotações. Confira abaixo as demais sugestões.