Os outros quatro têm de contar com a sorte, a caridade alheia ou a intercessão divina na hora de uma pane. De olho nesse filão, a seguradora SulAmérica vai oferecer serviços de assistência 24 horas para quem não possui seguro. “Nossa meta é conquistar 200 mil novos clientes em três anos”, diz Thomas de Menezes, presidente da SulAmérica.

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Thomas de Menezes, presidente: 200 mil clientes na mira 

“Esse produto é uma ferramenta para atrair novos clientes.” Os analistas dizem que  a ideia corre poucos riscos de dar pane. “Muitas pessoas não são atendidas por nenhum serviço financeiro e faz sentido garimpar esses clientes em potencial”, diz o analista Aloísio Lemos, da Ágora Corretora. Não é a única iniciativa da seguradora: a SulAmérica também vai lançar um cartão de crédito, que vai oferecer aos portadores alguns benefícios ligados aos seguros, como o parcelamento do prêmio em mais prestações e os programas de recompensas. “Deve funcionar como outra das iniciativas de marketing da empresa, da mesma forma que as estações de rádio e os bicicletários”, diz Lemos.

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Biocombustíveis

 

Cosan perde aditivo fiscal e lucro cai

 

O lucro líquido da Cosan neste ano fiscal (de abril de 2010 a março de 2011) caiu para R$ 771,6 milhões, abaixo do R$ 1,05 bilhão de 2010. A companhia declarou que, no exercício passado, o lucro foi inflado em R$ 270,3 milhões devido à adesão ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis), da Receita Federal, que consiste no parcelamento de dívidas com o Leão proposto às pessoas jurídicas com pendências com a Receita Federal e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

 

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Touro x Urso

 

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Depois de seis pregões consecutivos de queda, o Ibovespa teve um alívio na quinta-feira 9 e subiu 0,7%. O avanço foi provocado pela alta do petróleo, que fez subir 2,2%  as ações da Petrobras – que representam 12,6% do índice. O humor dos investidores americanos levou o índice Dow Jones a fechar com uma alta de 0,6% na quinta e também ajudou as cotações por aqui. Apesar da melhora, as perdas em junho somam 1,8%. 

 

 

 

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Destaque no pregão

 

Suzano investe e ação recua

 

A Suzano, companhia do setor de papel e celulose, anunciou que pretende investir  R$ 9,7 bilhões até 2013, para construir nova unidades no Maranhão e no Piauí. Desse total, R$ 3,5 bilhões serão utilizados ainda em 2011. Apesar do dispêndio, Antonio Maciel Neto, presidente da empresa, declarou que vai se esforçar para não elevar o endividamento acima de 3,5 vezes a geração de caixa, para não colocar em risco o rating da Suzano – hoje, a empresa é considerada grau de investimento. Os investidores não gostaram. Da divulgação da notícia na terça-feira 7 até a quinta-feira 9, as ações recuaram 7,3%. “Até 2014, a companhia pode ter baixa lucratividade, mas tende a se recuperar”, afirma o analista Pedro Galdi, da SLW Corretora. 

 

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Quem vem lá

 

Invepar quer decolar

 

A Invepar, companhia de investimentos em infraestrutura do fundo de pensão Previ, planeja realizar uma oferta inicial de ações em outubro de 2012. A emissão seria de R$ 1,5 bilhão, segundo o presidente da empresa, Marco Geovanne. Com o capital levantado, a Invepar pretende investir em aeroportos e portos. Atualmente, seu principal foco são rodovias, metrô e empresas dos setores elétrico e de telecommunicações. 

 

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Educação financeira

 

No livro Retorno sobre o Investimento em Mídias Sociais, Guy R. Powell, Steve W. Groves e Jerry Dimos ensinam formas de ampliar o retorno dos investimentos nas mídias sociais e a entender o cliente internauta. (Ed. Elsevier, R$ 79,90.)

 

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Mercado em números

 

Sanepar

 

R$ 395,1 milhões - É o apoio que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dará ao plano de investimentos da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). O aporte integra o  Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e será realizado por meio da subscrição de 10 mil debêntures simples não conversíveis em ações. 

 

 

Marisa

 

R$ 300 milhões - É o valor que  a rede de lojas de roupas femininas Marisa vai captar, por meio de 300 debêntures simples, cada uma no valor nominal de R$ 1 milhão e prazo de sete anos. Os recursos serão utilizados para aumentar o capital de giro da empresa e em investimentos.

 

 

Hering

 

R$ 209 milhões – É quanto vale hoje a marca Hering, de acordo com a consultoria Interbrand. Segundo a empresa, a Hering foi a marca que mais se valorizou no último ano e  vale hoje 45% mais do que valia há um ano.

 

 

MPX

 

R$ 38,5 milhões - Foi o preço total pelo qual a companhia de energia MPX comprou 100% do capital da Seival. A empresa era controlada indiretamente pela Tractebel Energia, por meio da Delta Energética. A aquisição foi concluída na segunda-feira 6. A Seival possui uma licença ambiental de instalação de uma termelétrica de 600 MW em Candiota (RS).

 

 

 

Pelo mundo

 

Texas Instruments  deve lucrar menos

 

A Texas Instruments projeta  lucro por ação de US$ 0,55 para o segundo trimestre, abaixo dos US$ 0,60 previsto. A  receita deve ser de US$ 3,5 bilhões, contra o US$ 3,7 bilhões estimados. 

 

 

Ford acelera na Rússia 

 

A montadora americana Ford Motor anunciou uma joint venture com a russa Sollers OJSC, com a formação da Ford Sollers. As operações devem começar neste ano. As montadoras assinaram um acordo com o banco  de desenvolvimento russo para um empréstimo  de US$ 1,4 bilhão. 

 

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Bolsa do Peru tem queda recorde 

 

A vitória de Ollanta Humala nas eleições presidenciais do Peru foi mal recebida pelos investidores. Na segunda-feira 6, com o anúncio do resultado, a bolsa de Lima despencou 12,5%, alcançando a maior queda já registrada em sua operação.

 

 

 

Personagem

 

UOL projeta resultado 88% maior em 2011

 

A compra da empresa de serviços de telecomunicações e armazenagem de dados Diveo, concluída no final de 2010, começará a render frutos para o UOL em 2011. Marcelo Epstejn, diretor-geral da empresa, conversou com a DINHEIRO sobre o assunto e sobre os resultados do primeiro trimestre do ano.

 

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“Nossa projeção é de que o Ebitda em 2011 chegue a R$ 300 milhões” Marcelo Epstejn, diretor-geral do Uol

 

A receita líquida cresceu 62% no primeiro trimestre. Por quê?

A expansão foi impulsionada por algumas áreas e unidades de negócios que vêm crescendo de forma acelerada. A principal delas foi a publicidade, que aumentou 124% no trimestre. Também temos uma boa receita de jogos, serviços de armazenagem de dados e de outras áreas. Essas unidades de negócio foram lançadas nos últimos anos e, agora, estão crescendo mais rapidamente. A receita de assinaturas ficou praticamente estável, mas ainda tem uma participação muito relevante para os resultados. 

 

O lucro líquido cresceu menos, apenas 11%, no mesmo período. O que ocorreu?

Tivemos despesas extras e não recorrentes com a integração da Diveo, que nós compramos em 2010.

 

O UOL projeta um aumento de mais de 88% na capacidade de geração de caixa de 2011, após um ano estável. O que vai influenciar esse resultado? 

Nossa projeção é de que a capacidade de geração de caixa, medida pelo Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), em 2011, chegue a R$ 300 milhões. Não teremos mais despesas com a integração da Diveo e ela vai começar a contribuir para nossos resultados. 

 

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O UOL planeja novas aquisições?

Vamos continuar investindo para crescer e isso deve acontecer tanto de maneira orgânica, com o desenvolvimento de novos serviços, quanto por meio de aquisições, quando a empresa julgar necessário. 

 

Que tipo de empresas e serviços o UOL estuda?

Olhamos todas as áreas possíveis dentro de internet. Prestamos muita atenção, principalmente, ao comércio eletrônico, serviços de armazenagem de dados e publicidade online. 

 

A internet favorece muito o surgimento de empresas. Elas concorrem com o UOL?

Não. Elas lançam conceitos novos e têm um papel muito importante. Algumas vingam, outras não. Mas a presença delas torna o mercado muito dinâmico e traz oportunidades. Essas empresas ajudam a aumentar a velocidade de crescimento da internet.

 

com Caio Moretto, Juliana Schincariol e Lilian Sobral