Com a movimentação de policiais e jornalistas em frente à Superintendência da Polícia Federal em Brasília (DF), carros passam fazendo buzinaço em frente ao prédio onde está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso preventivamente neste sábado, 22.

O militante Fabiano e Silva Leitão Duarte, conhecido como Fabiano Trompetista, também compareceu. Ele se posicionou na grade do pátio da superintendência e tocou a marcha fúnebre e Marcha fúnebre e a música ‘tá na hora do Jair, já ir embora’ com o trompete.

Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado, 22, após ordem de prisão assinada pelo O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O pedido partiu da Polícia Federal, que afirma que uma manifestação convocada por Flávio Bolsonaro poderia representar risco aos agentes, aos participantes e ao próprio ex-presidente.

A decisão de Moraes aponta ainda que o ex-presidente violou o uso de tornozeleira eletrônica e tinha “elevado risco de fuga”, e que Bolsonaro poderia fugir para embaixadas próximas à sua casa, considerando investigações que já apontaram um planejamento de pedido de asilo para o ex-presidente.

Ao Estadão, a defesa de Bolsonaro afirmou que ainda não sabe os motivos da prisão preventiva e que esta tentando acesso ao pedido de Moraes.

Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades como presidentes da República e outras altas figuras públicas.

Em nota oficial, a Polícia Federal informou que, por determinação de Moraes, a medida deveria ser cumprida “com todo o respeito à dignidade do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática; ficando a seu critério a utilização ou não de uniforme e respectivos armamentos necessários à execução da ordem”.

Em setembro deste ano, Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado por liderar uma organização criminosa em uma tentativa de golpe de Estado para se perpetuar no governo.