22/06/2019 - 1:31
Uma suposta “disputa” conjugal na casa de Boris Johnson, favorito na corrida para suceder Theresa May no cargo de primeiro-ministro britânico, agitou a imprensa neste sábado.
De acordo com o jornal The Guardian, um vizinho ligou para a polícia na madrugada de sexta-feira e disse que ouviu uma discussão acalorada, com gritos e portas batendo, na casa de Johnson e sua parceira Carrie Symonds, no sul de Londres.
Segundo o jornal, Carrie Symonds gritava “deixe-me” e “saia do meu apartamento”.
Um porta-voz da polícia de Londres confirmou ter recebido uma ligação de um morador local pouco depois da meia-noite de sexta-feira. “A pessoa que telefonou estava preocupada com a segurança de uma vizinha”, explicou.
“A polícia foi até o local e conversou com todos os moradores da casa, que estavam bem. Os agentes não identificaram qualquer infração ou motivo de preocupação, e não havia motivos para uma ação da polícia”, acrescentou o porta-voz.
O vizinho, que disse ter gravado a discussão de dentro de sua casa, contou ao Guardian que bateu três vezes na porta de Boris Johnson e Carrie Symonds, mas ninguém respondeu. Assegurou ainda que ouviu “dois gritos muito altos” e um “grande estrondo” que fez o prédio tremer.
Boris Johnson, ex-prefeito de Londres e um dos principais defensores do Brexit, enfrentará o ex-ministro das Relações Exteriores Jeremy Hunt pela liderança do Partido Conservador.
Os 160.000 membros da formação deverão designar até o final de julho o vencedor, que se tornará automaticamente primeiro-ministro.
Johnson se negou a responder perguntas sobre este tema neste sábado, no primeiro dos 16 debates públicos que manterá com Hunt ante seus partidários.
“Não acredito que as pessoas queiram ouvir este tipo de coisas”, disse a um jornalista durante o encontro.
Em vez disso, tentou se concentrar em suas políticas, dizendo que “necessitamos que o Brexit seja feito” e prometendo que preparará o país se tiver que sair da União Europeia sem acordo.
A suposta briga ocupou as manchetes dos jornais, que fizeram conjecturas sobre seu possível impacto político.
“Tudo vai depender das próximas 24 horas e se a gravação de áudio que o vizinho teria feito virá à luz”, apontou o Times.