Entender o comportamento das bolsas de valores é definitivamente coisa para profissionais, aqui e lá fora. Tome-se o comportamento das ações dos dois maiores varejistas da França, o Casino e o Carrefour.  

O primeiro, que controla no Brasil o GPA, dono das bandeiras Pão de Açúcar, Extra, Assaí e Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio), registrou um prejuízo de € 43 milhões em suas operações globais no ano passado, período em que faturou € 44,1 bilhões. 

O segundo, que contabilizou vendas de € 77 bilhões, exibiu na última linha do balanço um lucro de € 980 milhões. Nos dois casos, o Brasil desempenhou um papel decisivo: derrubou a rentabilidade do Casino e empinou a do Carrefour, graças ao desempenho de sua rede de supermercados e do Atacadão, de autosserviços.  

No entanto, o comportamento dos papéis dos dois grupos na Bolsa de Valores de Paris, não refletiram os resultados operacionais, nos últimos 30 dias. Enquanto as ações do Casino cresceram 17,4%, as do arqui-rival valorizaram-se 4,8%; Num prazo mais longo, diga-se, a dupla compartilha um desempenho sofrível. Queda de 39,76% para os papéis do Casino e de 21,78% para o Carrefour.

Em termos de expansão, no País, o Casino, do CEO Jean-Charles Naouri, foi mais audacioso. Em 2015, o GPA abriu 116 lojas de suas diferentes bandeiras, contra 33 do Carrefour, comandado pelo executivo Georges Plassat.