Um dos dois agentes russos suspeitos da morte em Londres do ex-espião e opositor russo Alexander Litvinenko, morto envenenado com material radioativo, prometeu fornecer provas de sua inocência.

Dimitri Kovtun, que até então recusava-se a colaborar com as investigações, declarou na semana passada que gostaria de testemunhar por videoconferência para a comissão britânica do caso.

“Eu decidi participar da investigação afora porque escutei várias declarações fáceis de serem refutadas”, explicou Kovtun em uma entrevista exibida neste domingo pela BBC e gravada em Moscou.

“Ao me juntar (à investigação) poderei ter acesso a documentos, inclusive secretos, de maneira a tirar minhas próprias conclusões”, acrescentou.

Alexander Litvinenko, um ex-agente do serviço de segurança russo FSB que trabalhava na época para o MI6 britânico, morreu em 23 de novembro de 2006 em Londres após três semanas de dolorosa agonia. Algumas horas antes de sua morte foi possível determinar que havia sido envenenado com polônio.

Kovtun e Alexander Lugovoi, hoje deputado, se reuniram com Litvinenko no bar do hotel onde ele tomou o chá envenenado com polônio que o matou.

Os dois homens vivem atualmente na Rússia, e Moscou se nega a extraditá-los.

“Eu estou pronto para responder a todas as questões, não tenho nada a ver com este assassinato, não mais do que Lugovoï”, assegurou Kovtun.