29/09/2004 - 7:00
A fronteira do esporte com o mundo corporativo desaparece ao ritmo de tacadas certeiras nos campos de golfe. Grandes executivos transformam-se em craques da bolinha branca. Pode-se medir o tamanho desse fenômeno por um dos mais respeitados torneios do Brasil, o Circuito Empresarial de Golfe, patrocinado pela revista DINHEIRO. ?É uma ótima ferramenta de trabalho?, diz Augusto Videira, diretor de private banking do Santander Banespa. A equipe do banco ocupava, semana passada, o primeiro lugar da competição, com 459,5 pontos. ?Além da possibilidade de encontrar executivos, o torneio dá visibilidade à empresa?, ecoa Alcides Casado, diretor comercial da Duke Energy, um dos líderes do setor elétrico e também do gramado. A Duke tem 456,75 pontos, na segunda posição, roubada da Pfizer. ?É o espaço ideal para fechar negócios?, diz César Preti, presidente da Pfizer no Brasil. Pode soar exagerado atribuir sucesso a contratos imaginados no campo. Mas, quando se olha a tabela dos participantes, vê-se que a metáfora é real. Do Circuito Empresarial participam gigantes como IBM, Vivo, Lan Professional, TAM, Gran Meliá e IT Mídia. Evidentemente, os jogadores ainda não pertencem ao mesmo planeta de Tiger Woods ? mas têm anseios. ?Comecei a jogar no Circuito Empresarial e me entusiasmei com o esporte?, diz Videira.
É uma tendência que traduz uma novidade no País do futebol: a Embratur pôs o golfe como um dos segmentos prioritários para atração de forasteiros. Os greens fazem parte de uma lista de outros onze ímãs de lazer, como o mergulho e as festas populares. Por que o golfe? O turista afeito a essa modalidade tem renda anual superior a US$ 45 mil, com predisposição a pagar diárias acima de US$ 500. É um mercado que movimenta US$ 12 bilhões no mundo, com 50 milhões de jogadores.
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AUGUSTO VIDEIRA Santander Banespa 459,5 pontos | ALCIDES CASADO Duke Energy 456,75 pontos | CESAR PRETI Pfizer do Brasil 441 pontos |