06/08/2015 - 12:15
Após três anos da conclusão da fusão, as companhias aéreas LAN e TAM anunciaram a adoção de uma marca única. O nome escolhido foi o Latam, o mesmo da holding formada em 2012.
A mudança completa da comunicação de check-ins, pinturas de aviões e uniformes será iniciada no primeiro semestre do ano que vem e realizada de forma gradual até 2018. O custo para todas as alterações é estimado em US$ 40 milhões.
“Ocorreram muitas conversas e até mesmo discussões na criação da nova marca”, afirmou Maurício Rolim Amaro, presidente do conselho da empresa, em evento para jornalistas ocorridos na manhã da quinta-feira 6. “Mas chegamos a um denominador comum e satisfatório para todos.”
A nova bandeira surge com o objetivo de ser uma potência sulamericana dentro do mercado global de aviação. “Sabíamos que seria difícil deixar de lado duas marcas fortes e criar uma nova”, disse Enrique Cueto, comandante da Latam. “Mas precisávamos tomar essa iniciativa para criar uma marca com penetração mundial.”
Segundo a CEO da TAM, Cláudia Sender, a mudança já era prevista desde a finalização do processo de fusão, mas que precisava ser realizada da maneira mais correta e detalhada possível.
Criado pela própria empresa em parceria com a Interbrand, o novo logotipo é inspirado no mapa geográfico da América do Sul. As cores azul e vermelho, de LAN e TAM, respectivamente, ainda estão presentes. De acordo com o diretor de marketing da companhia, Jerome Cadier, a comunicação para o público deve ser feita de maneira mais lenta também devido ao alto custo da mudança das pinturas dos aviões.
“Nenhuma empresa consegue fazer todas essas alterações de maneira repentina”, diz Cadier, que não crê que a nova bandeira poderá sofrer mais resistência do público em um período turbulento da economia brasileira. “Preferiríamos que fosse em um cenário mais positivo, mas decidimos não alterar o cronograma inicial.”
Apesar das mudanças, as empresas continuam operando de forma separada e todos os executivos manterão os seus cargos. Isso ocorre, segundo Cláudia Sender, por respeito às legislações de cada país, que obrigam as empresas de aviação a manter operações próprias dentro da nação de origem. “Até segunda ordem, continuo com o cargo de CEO da TAM”, disse Cláudia, arrancando risos dos presentes.