O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou nesta quinta-feira, 25, em evento no Palácio dos Bandeirantes, o novo salário mínimo estadual, de R$ 1.550. O ato teve presença das centrais sindicais e acenos do governador à pauta trabalhista, historicamente representada por partidos de esquerda.

Em discurso no evento, Tarcísio destacou o valor do novo mínimo e repetiu o governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao prometer que dará aumento real do salário – ou seja, acima da inflação – anualmente.

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“(O reajuste) É um primeiro passo importante para outros passos vigorosos no sentido de recuperação de poder de compra do trabalhador, de uma sociedade mais justa e humana e de um estado mais desenvolvido, com mais diálogo e dignidade”, declarou Tarcísio. “Nós não vamos passar nenhum ano em São Paulo sem aumento real de salário mínimo, acima da inflação”, prometeu também o governador.

O evento contou com representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).

O presidente da UGT, Ricardo Pattah, destacou a “união das centrais” no ato com Tarcísio e lembrou que o reajuste dado pelo governo paulista é maior do que o salário mínimo nacional, de R$ 1.320, sancionado por Lula.

“O piso regional tem um significado extraordinário. O salário mínimo foi definido para R$ 1.320 a partir de maio, mas o governador foi mais longe, deu um aumento importante para R$ 1.550”, afirmou o líder sindical.

Pattah é filiado ao PSD, partido de Gilberto Kassab, secretário de Governo e Relações Institucionais de Tarcísio.

O novo mínimo paulista unifica as duas faixas salariais que existem em São Paulo e representa um aumento porcentual de 20,7% em relação à faixa 1, que estava em R$ 1.284, e 18,7% sobre a faixa 2, fixada anteriormente em R$ 1.306.

A proposta do novo mínimo foi enviada pelo Executivo à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em 2 de maio e aprovada pela Casa no dia 10.