A taxa de desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio, contra 6,8% no trimestre móvel anterior e 7,1% no mesmo período de 2024 (7,1%), informou nesta sexta-feira, 27, o IBGE.

Trata-se da menor taxa para maio da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), iniciada em 2012, e também o melhor resultado desde o 4º trimestre do ano passado, quando também ficou em 6,2%.

O resultado veio melhor do que o esperado. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 6,4% no período.

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Já o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu patamar recorde (39,8 milhões), registrando alta de 0,8% em relação ao trimestre anterior e avanço de 3,7% ante igual trimestre do ano passado.

taxa de informalidade caiu para 37,8% da população ocupada (ou 39,3 milhões de trabalhadores informais), contra 38,6% (ou 39,1 milhões) no trimestre de março a maio de 2024.

Outro destaque foi a redução da quantidade de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego), com quedas de 10,6% comparada ao trimestre encerrado em abril, e de 13,1% ante o mesmo período de 2024.

Apesar da melhora dos indicadores do mercado de trabalho, cerca de 6,8 milhões ainda estavam desempregados no país no trimestre encerrado em maio. No trimestre móvel anterior (dezembro de 2024 a fevereiro de 2025), 7,5 milhões de pessoas não tinham ocupação. Há 1 ano, o número de desocupados era de 7,8 milhões.

 “Os principais responsáveis para a redução expressiva da taxa de desocupação foram o aumento do contingente de ocupados, que cresceu 1,2 milhão de pessoas, naturalmente reduzindo a desocupação, além de taxas de subutilização mais baixas. Assim, semelhante às divulgações anteriores, o mercado de trabalho se mostra aquecido, levando à redução da mão-de-obra mais qualificada disponível e ao aumento de vagas formais”, explica William Kratochwill, analista da pesquisa.

Massa salarial também bate recorde

O rendimento médio mensal habitual de todos os trabalhos chegou a R$ 3.457 no trimestre encerrado em maio, o que representa um crescimento de 3,1% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.

Já a massa de rendimento habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores) atingiu R$ 354,6 bilhões, novo recorde, subindo 1,8% no trimestre, um acréscimo de R$ 6,2 bilhões, e aumentando 5,8% (mais R$ 19,4 bilhões) no ano.

“Como o rendimento médio real permaneceu estável, consequentemente ocorreu aumento da massa de rendimentos, ou seja, a maior massa de rendimentos resultou quase exclusivamente da expansão do volume de ocupados, e não de aumento do rendimento médio”, explicou o analista.