O mercado futuro de juros tem oscilações contidas na manhã desta quinta-feira (28) que encerra o mês de março, com viés de alta na ponta curta da curva e avanço um pouco mais pronunciado nos vencimentos longos.

Apesar da agenda relevante, com divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e dos dados de emprego da Pnad Contínua, as variações das taxas são atribuídas essencialmente à influência externa. Nos Estados Unidos, o dia é de alta dos juros dos Treasuries e de fortalecimento do dólar ante boa parte das divisas pelo mundo. Por lá, os investidores analisam dados do PIB e de inflação (PCE trimestral).

Segundo José Francisco Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, os dados do relatório de inflação não trouxeram novidade suficiente para alterar o comportamento dos juros futuros. Em sua avaliação, o documento confirmou um cenário de atividade econômica forte, com demanda concentrada no ambiente doméstico, o que em tese torna a política monetária do Banco Central mais eficiente.

Às 10h51, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 9,915%, contra 9,907% do ajuste de quarta-feira. O DI para janeiro de 2026 estava também em 9,91%, ante 9,89% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2027 projetava 10,16%, contra 10,14% da véspera.