Influenciados pela queda do dólar, os juros futuros recuaram refletindo ainda a sinalização do Banco Central de que já vê efeitos do aperto monetário sobre as expectativas de inflação. As taxas já abriram em baixa, refletindo os discursos do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na noite de quarta-feira, 1, e do diretor de Política Econômica da instituição, Luiz Awazu Pereira, nesta quinta-feira, 2. As declarações mostraram otimismo da autoridade monetária sobre efeitos já percebidos da alta da Selic nas projeções de inflação de médio e longo prazos pelos agentes econômicos (ver matérias as 8h07 e 10h17). Em linha com o dólar, as taxas também renovaram as mínimas na etapa vespertina.

Ao término da sessão regular da BM&FBovespa, o DI janeiro de 2017 fechou em 13,82% (mínima), de 14,02% ontem, e o DI janeiro de 2021 caiu de 12,75% para 12,59% (mínima). Nos contratos mais curtos, o DI janeiro de 2016 terminou em 14,17%, de 14,27% ontem no ajuste.

O dólar à vista fechou na mínima de R$ 3,0980 (-1,46%), no balcão, com declínio influenciado principalmente pela tendência externa definida após os números do payroll nos EUA. O Departamento de Trabalho do país informou que foram criadas 223 mil vagas em junho, ante 233 mil postos esperados pelos analistas, o que levou a moeda a zerar ganhos iniciais e a operar em queda, em linha com o que acontecia também no exterior. Ontem, a informação da pesquisa ADP, de que o setor privado dos EUA havia criado 237 mil empregos em junho, maior volume desde dezembro, e acima da previsão dos analistas de 220 mil, criou uma expectativa otimista para o payroll, que não se concretizou.