A Tecnisa disse que recebeu uma oferta não-solicitada para combinação de seus negócios com a construtora Gafisa. Segundo fato relevante, a proposta não traz detalhes sobre as condições para a junção dos negócios das empresas que devem ser objetos de conversas entre os administradores das duas incorporadoras.

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Conforme a Tecnisa, a proposta foi enviada, no final de terça-feira, pela Bergamo Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado, que tem a Gafisa como único cotista. O fundo também detém 3,1% do capital social da Tecnisa.

“A proposta não-solicitada não contempla a estrutura da operação, os fundamentos econômico financeiros ou a relação de substituição entre as ações da Tecnisa e da Gafisa na entidade que consolidará os negócios, no caso de estrutura envolvendo incorporação ou incorporação de ações, ou o preço a ser pago em eventual oferta pública voluntária de aquisição de ações”, diz o fato relevante da Tecnisa.

Na proposta, a construtora diz que a Gafisa afirma que “definição dos procedimentos aplicáveis ficará a cargo das negociações entre as administrações de ambas as sociedades”.

Por meio do fundo, a Gafisa também solicitou a convocação de assembleia geral extraordinária da Tecnisa para deliberar sobre a proposta não-solicitada e mudanças na governança da incorporadora.

Dentre elas, a retirada dos dispositivos de “poison pill” que proíbem a aquisição de participação relevante na empresa, a escolha de novos membros do conselho de administração e do conselho fiscal, além do aumento de capital de R$ 500 milhões. A Tecnisa disse que convocará a assembleia para avaliar os pedidos.