Fake meats viraram um fenômeno recente na indústria da alimentação. Nascidas de startups que utilizam tecnologia para fazer carne que não é de carne. Sim, cheira como carne, tem gosto de carne, consistência de carne e sangra. Mas não tem origem animal. Em abril, o Burger King lançou nos Estados Unidos uma versão de ‘carne’ vegana do seu clássico, o Whopper. Dois meses depois, a maior produtora de alimentos do planeta, a Nestlé, anunciou que irá lançar o Awesome Burger, desenvolvido pela Sweet Earth, empresa comprada há dois anos. Hoje, as duas principais marcas por trás dos fake meats são as americanas Impossible Foods e Beyond Meat. O que parece ser uma tendência, e é, terá um opositor declarado. A rede Arby’s. Recentemente, a marca lançou seu primeiro megetable: um vegetal feito de carne (de peru). No caso, uma cenoura. Uma trolagem marota da Arby’s. A empresa, que já operou no Brasil, nos anos 90, quer se posicionar como o território em que carne é aquela tirada de um bicho. E que sempre será assim. Numa entrevista à Fast Company, o diretor de marketing da rede, Jim Taylor, parece não se preocupar com o fato de que os veganos dos Estados Unidos saltaram de 1% da população, em 2014, para 6%. “Nós nunca vamos conquistar as pessoas que querem comer… carne vegetariana. Então vamos falar com os demais 95%”.

(Nota publicada na Edição 1131 da Revista Dinheiro)