01/12/2014 - 10:00
Após receber R$ 70 milhões do BNDESPar e do fundo DML Invista, a empresa gaúcha de tecnologia móvel Zenvia se prepara para abrir capital. De acordo com o presidente Cassio Bobsin Machado, o objetivo é chegar ao pregão até 2020. “Vamos inaugurar um setor na bolsa”, diz ele. O faturamento previsto para este ano é de R$ 100 milhões. Atualmente, há dez empresas que representam direta ou indiretamente o setor de tecnologia no pregão. A maior delas é a empresa paulista Totvs, de Laércio Constantino, avaliada em R$ 5,6 bilhões, seguida pela Linx, valendo R$ 2,4 bilhões. Esta última é a única que vai bem entre as maiores com valorização de 16,5% no ano em seus papéis. Já as ações da Totvs recuam 3,1% e os papéis da Bematech caem 8,7% no acumulado de 2014.
Palavra do analista:
De acordo com Cássio Spina, da Anjos do Brasil, a economia brasileira ainda é muito baseada em setores mais tradicionais e isso tem reflexos na bolsa. “Apenas recentemente começamos a ver empresas brasileiras de tecnologia abrir capital.”
Infraestrutura
Investimento expresso na Cosan
A Cosan Logística vai investir entre R$ 7 bilhões e R$ 9 bilhões nos próximos dez anos em modernização e aumento na frota. De acordo com Marcos Lutz, presidente da Cosan, em teleconferência com investidores em Nova York, o Brasil possui várias oportunidades para novos investimentos. O aporte, porém, dependerá da concretização da fusão entre Rumo e All, ainda em análise pelo Cade. Negociadas desde 23 de outubro, as ações da Cosan Logística recuam 16,9% em novembro.
Touro x Urso
O Ibovespa está encerrando novembro com uma valorização fraca de 1,8%, após fortes altas tendo em vista a confirmação de Joaquim Levy para a Fazenda.
Energia
Renova cria joint venture
A Renova Energia e seu fornecedor especializado em tecnologia solar, a espanhola SunEdison, anunciaram, na segunda-feira 24, uma joint venture para construir e operar quatro usinas de energia solar em escala de serviço público na Bahia até 2017. A Renova e a SunEdison serão ambas proprietárias de 50% do negócio. No ano, as units da Renova Energia recuam 7,9%.
Bolsa
BM&FBovespa vai às compras
A BM&FBovespa está com apetite para comprar participação nas bolsas de México, Colômbia, Chile, Peru e Argentina. Segundo o presidente, Edemir Pinto, o plano é comprar pelo menos 15% do capital de cada uma. “Passamos três anos tentando negociar com todas essas bolsas de uma forma mais amigável, mas tivemos que tomar uma decisão institucional”, disse ele, no início da semana.
Bancos
Santander libera crédito no Brasil
Menos de três meses depois de ter assumido o comando do Santander, Ana Botín se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, na quinta-feira 27, e anunciou a liberação de US$ 10 bilhões para financiar projetos de infraestrutura. Na mesma semana, Ana reformulou o alto escalão do banco espanhol e montou uma nova equipe que assume em janeiro. O presidente executivo Javier Marín será substituído pelo vice-presidente financeiro José Antonio Alvarez. Para o Brasil, nenhuma mudança foi anunciada. No ano, as units do banco sobem 28,4%.
Quem vem lá
Cielo desce à terra
A processadora de transações Cielo inaugurou, na quinta-feira 27, sua primeira loja física no shopping Ibirapuera, zona sul de São Paulo. Segundo Eduardo Chedid, vice-presidente comercial de varejo da Cielo, a meta é fazer com que os pequenos clientes de varejo – que são 1,3 milhão na base da empresa e podem chegar a 20 milhões no Brasil – tenham acesso a um terminal físico da marca. No ano, as ações da Cielo sobem 37,6%.
Mercado em números
LOG Commercial
R$ 100 milhões - É o quanto a incorporadora, construtora e locadora mineira vai emitir em debêntures simples não conversíveis em ações.
Saraiva
R$ 60 milhões – É o quanto a rede de livrarias pretende investir em 2015. Isso inclui possíveis compras nas áreas de varejo e educação e a abertura de três lojas no próximo ano.
Restoque
R$ 36 milhões – É quanto a companhia, dona das marcas Le Lis Blanc, John John, Bô Bô e Rosa Chá e Dudalina, vai distribuir em dividendos aos acionistas.
Banco ABC Brasil
1,5 milhão – É a quantidade de ações que a empresa vai adquirir, cerca de 10% das ações preferenciais nominativas em circulação.
GOL
4 mil – É a quantidade de voos que a companhia aérea vai incluir em seu plano operacional para atender à demanda da alta temporada de verão no Brasil.
Colaboraram: Natália Flach e Luiz Gustavo Pacete