07/05/2020 - 6:23
A empresa espanhola Telefónica anunciou nesta quinta-feira (7) a fusão da operadora britânica O2 com a Virgin Media, que pertence ao grupo americano Liberty Global, criando um peso pesado do setor das telecomunicações avaliado em 38 bilhões de libras (43,4 bilhões de euros).
Esta é a operação de fusão-aquisição mais importante desde o início da pandemia do novo coronavírus, que paralisou a economia do planeta.
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“A joint venture, com participação de 50% das duas empresas, unirá a Virgin Media, proprietária da rede de banda larga mais rápida do Reino Unido, e a O2, a maior plataforma mobile do país”, indicou a Telefónica em um comunicado.
“O valor da empresa da entidade combinada está avaliado em quase 38 bilhões de libras, incluindo as sinergias”, afirmou a Telefónica em uma apresentação destinada aos analistas.
A empresa espanhola calcular o valor das sinergias em 6,2 bilhões de libras. “A O2 é avaliada em 12,7 bilhões de libras e a Virgin Media em 18,7 bilhões de libras”, completa o texto.
O grupo espanhol confirmou na segunda-feira informações antecipadas pela imprensa sobre as negociações a respeito da operação para aproximar O2, operador mobile, e Virgin Media, empresa mais diversificada e presente nos setores mobile, internet e cabo.
Para a Telefónica, a união é a oportunidade de encontrar uma saída para a O2, depois de estudar durante algum tempo a possibilidade de introduzir a empresa na Bolsa.
“A Liberty Global fará um pagamento em espécie a Telefónica por 2,5 bilhões de libras (2,9 bilhões de euros) para igualar a participação na joint venture”, explica a Telefónica na apresentação aos analistas.
A transação “deve permitir reduzir a dívida líquida da Telefónica de 5,5 a 5,8 bilhões de libras” (6,3 a 6,6 bilhões de euros), indicou o grupo espanhol, cuja dívida colossal é um problema grave há vários anos.
No fim de março, a dívida líquida alcançava 38,2 bilhões de euros.
A Telefónica anunciou no fim de 2019 uma reorganização drástica de suas atividades, com uma concentração em seus mercados mais dinâmicos (Espanha, Reino Unido, Alemanha e Brasil) e isolando em uma filial suas atividades no resto da América Latina.