A Telefônica Brasil, dona da Vivo, encerrou o terceiro trimestre de 2016 com um lucro líquido de R$ 952,7 milhões, crescimento de 9,6% em relação ao mesmo período de 2015, de acordo com o balanço publicado nesta terça-feira, 25, pela companhia. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente foi de R$ 3,41 bilhões, alta de 8,1% na mesma base de comparação. Já a receita operacional líquida totalizou R$ 10,693 bilhões, aumento de 1,1%.

O avanço nos resultados decorre de incremento nos resultados operacionais da companhia, marcados por diminuição das despesas, expansão no faturamento com serviços de tráfego de dados e redes móveis, além de mais seletividade na alocação dos investimentos.

Os custos operacionais recorrentes chegaram a R$ 7,283 bilhões no terceiro trimestre deste ano, recuo de 2,2% ante o mesmo período do ano passado. Já as despesas financeiras líquidas aumentaram 14,6%, para R$ 296,3 milhões. O fluxo de caixa livre alcançou R$ 1,255 bilhão, avanço de 36,7%.

“Este foi o terceiro trimestre consecutivo com redução dos custos operacionais recorrentes. Isso é resultado dos ganhos de sinergia na integração com a GVT, além de outras medidas que visam o ganho de eficiência”, comentou o diretor de relações com investidores, Luis Carlos Plaster, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo realdo Grupo Estado.

A Telefônica/Vivo reportou 97,2 milhões de acessos, queda de 6,2% na comparação anual. Desse total, 73,5 milhões fora no negócio móvel (queda de 7,5%) e 23,7 milhões no negócio fixo (queda de 2,3%).

A receita consolidada da companhia com serviços aumentou 2,2%, totalizando R$ 10,386 bilhões. O faturamento com serviços chamados “não voz” subiu 15,7%, composta por dados móveis e serviços digitais (23,3%), ultra banda larga fixa, que oferece conexões acima de 34 MB (19,3%) e TV paga (9,3%). Já as receitas com os serviços tradicionais de voz caíram 11,5%, fruto de retração de 7,9% nas chamadas fixas e baixa de 9,5% nas chamadas móveis. “O avanço nas receitas não voz mais do que compensam a queda nas receitas com voz”, observou Maria Tereza Pelicano David, gerente de relações com investidores.

Plaster acrescentou que a companhia teve um bom desempenho no ganho de clientes, especialmente nos serviços pós-pagos, que concentram consumidores de maior poder aquisitivo e maior gasto médio. Ele citou também aprimoramentos feitos no início do ano no Plano Controle (com mensalidade fixa para smartphones), com oferta de mais franquia de dados, o que ajudou a tornar essa oferta mais atrativa para os consumidores. A tele obteve uma participação de 42,4% nas adições líquidas de clientes pós-pago em todo o setor até agosto.