10/01/2018 - 20:19
Em mais uma comemoração do resultado baixo da inflação, o presidente Michel Temer participou do programa Voz do Brasil quando destacou que “os números comprovam” que “o Brasil saiu da pior recessão da história” e que seu governo conseguiu “dar a volta por cima”. O presidente Temer, no entanto, não deixou de dar uma estocada nos governos anteriores, ao dizer que quando assumiu o Planalto, encontrou o País “em grave crise” e “o diagnóstico era claríssimo: a crise tinha sobretudo natureza fiscal”. Em seguida, vangloriou-se que, mesmo com “pouco mais de um ano e meio de governo”, “conseguimos dar a volta por cima” e “o Brasil voltou a crescer e certamente teremos um 2018 ainda melhor”.
No programa veiculado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que vai ao ar em cadeia obrigatória de rádio, às 19 horas, o presidente tentou usar uma linguagem didática na “conversa” com populares entrevistados pela emissora. Ele destacou que “a queda na inflação e dos juros têm impacto direto na vida das pessoas” e que, “com inflação baixa, os salários ficam mais valorizados”.
Fazendo uma retrospectiva, Temer comentou que seu governo tinha “o desafio de devolver ao Brasil o rumo da responsabilidade do crescimento, do desenvolvimento e, para isso, precisávamos retomar confiança para investir, gerar emprego e consumo”. Em seguida, explicou que, para alcançar isso, precisava estabelecer teto para gastos públicos, porque “os gastos não podem crescer de forma descontrolada”. E justificou: “é como na casa de todo mundo: não pode gastar mais do que ganha. Se você faz isso, as dívidas só crescem e um dia ficam impossíveis de pagar, é verdade ou não é?”. Temer aproveitou ainda para responder a uma das críticas ao seu governo, de que reduziu recursos de áreas fundamentais, salientando que “é bom lembrar” que sua administração “enxugou gastos do orçamento, preservando investimentos em saúde e educação”.
Mais adiante, na sua fala, o presidente afirmou que, “no ano passado tivemos um PIB negativo e, agora, estamos crescendo”. Para ele, a queda na inflação, nos juros, “como nunca se viu”, “é um dado que tem impacto direto na vida das pessoas”. E emendou: “e quando tem inflação baixa, quando tem juros menores, o que acontece é que seu salário fica mais valorizado. Você compra batata, tomate, arroz, açúcar, sem medo de pagar porque os preços não aumentam”. No caso de um produto de valor mais alto, prosseguiu, como comprar uma geladeira ou um fogão, a pessoa pode fazer um crédito, com juros mais baixos.