Ao abrir sua primeira reunião ministerial, o recém-empossado  presidente da República, Michel Temer, disse que o combate ao desemprego  deve ser a principal missão de todos os ministros nos dois anos e  quatro meses de seu governo. Ele chamou os titulares das pastas a se  reunirem com as bancadas de seus partidos para buscarem a aprovação de  medidas propostas pelo Executivo e autorizou os ministros a falarem pelo  governo.

“Gerar emprego é o primeiro tema que deve ser  levado em conta nas nossas decisões. Se há hoje um certo amargor das  pessoas nas ruas, é em função do desemprego. Quando começarmos a gerar  empregos, isso vai tirando esse amargor”, afirmou. “Não será fácil.  Temos uma margem enorme de desempregados, de quase 12 milhões de  pessoas, uma cifra assustadora. Não há coisa mais indigna que o  desemprego, que fere o princípio constitucional da dignidade da pessoa  humana”, completou.

Em seu primeiro discurso como  presidente efetivo, Temer disse esperar que sua equipe de governo  consiga colocar o Brasil nos trilhos, para conseguir chegar ao fim do  seu mandato, em 31 de dezembro de 2018, “com o aplauso do povo  brasileiro”.

Ele ressaltou que, passada a interinidade, o  governo passa a ter uma nova posição. “Enquanto interinos, nós todos  agimos como se fôssemos titulares efetivos, mas evidentemente a  interinidade sempre deixava certa preocupação sobre até onde poderíamos  ir. O fato é que nós fomos longe, depois de muita meditação sobre os  temas que nos chagaram às mesas”, afirmou.

Temer elogiou a  postura dos ministros durante o governo interino e lembrou que governa  por meio da descentralização de ações, mas com centralização das  decisões. “Todos os ministros tinham agenda própria, mas despachavam  comigo. Tudo foi bem feito e isso resultou na efetivação de todos, na  minha e dos senhores ministros.” O presidente disse que agora está sendo  inaugurada uma fase com dois anos e quatro meses. “A cobrança será  muito maior sobre o governo”, afirmou.