O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 6, que há condições para fazer a economia brasileira crescer e que há “muita gordura monetária para queimar.” Haddad frisou que a taxa de juros ainda está em 12,25%. “Depois de um ano de trabalho, caiu 1,5 ponto porcentual. Temos espaço para um juro civilizado no Brasil, desde que haja compromisso dos Três Poderes.”

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O ministro pontuou que o desafio de curto prazo no Brasil, que requer cuidados, é recolocar na ordem do dia o compromisso com arrumar a casa. Haddad ressaltou, na sequência, que a meta de resultado fiscal não é da cabeça do ministro da Fazenda ou do desejo do presidente da República, mas sim um trabalho em parceria entre os Poderes. O Judiciário, o Legislativo e o Executivo, emendou, precisam entender a repercussão de suas decisões.

A transparência nesse processo também foi reiterada pelo ministro. Quanto mais bem informada a sociedade estiver, melhor será a qualidade das decisões e haverá menos riscos à frente, disse.

Ao comentar o potencial de crescimento da economia brasileira, Haddad citou que, ao contrário da maioria dos países em desenvolvimento, a exemplo das nações africanas e sul-americanas, que estão muito endividadas, o País tem reservas o suficiente para blindar a economia de turbulências internacionais. “Isso desde a crise de 2008”, disse.

Haddad participou nesta segunda de evento do BTG Pactual, em São Paulo.