10/04/2025 - 18:45
O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), defendeu a mobilização de uma pressão sobre o Banco Central pela redução da taxa de juros, com o objetivo de melhorar a situação econômica do País e a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para 2026. As declarações ocorreram em entrevista ao Diário do Nordeste, nesta quinta-feira, 10.
“Daqui para o final do ano, é como o Lula diz: mostrar a que veio. O País está de pé, a economia está saudável. O que é que nós temos que fazer? Baixar os juros, pressionar o Banco Central para baixar, para ter uma redução a partir de agora da taxa de juros”, disse. Guimarães prosseguiu: “Porque, também, a economia não suporta juro real de 10%. Isso é inaceitável”.
Em seguida, o líder do governo criticou o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, antecessor de Gabriel Galípolo, indicado por Lula ao posto e também responsável pelo aumento dos juros. A taxa Selic está em 14,25% ao ano, desde 19 de março. “O Campos Neto saiu, mas ficaram os dedos, as marcas e aquilo que ele impôs como condutor da política monetária”, afirmou o deputado.
O parlamentar também disse que é preciso entregar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e aprovar os projetos de ampliação da isenção do Imposto de Renda e da integração das forças de segurança pública.
“Acho que vamos chegar muito fortes (nas eleições). Não tem negócio de plano B ou nome novo para disputar 2026”, declarou. Na sequência, descartou candidaturas dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Camilo Santana (Educação) e Rui Costa (Casa Civil): “Eu sei que tem muita gente que discute outros nomes, falam no Haddad, no Camilo, no Rui Costa. Tudo é conversa. O candidato à reeleição chama-se Luiz Inácio Lula da Silva.”