16/07/2017 - 9:32
De 2015 para cá, a vida do designer gráfico Gustavo Fernochi passou por uma reviravolta. Em janeiro daquele ano, ele entrou no corte de gastos da empresa onde trabalhava há dois anos e meio e foi demitido. Ao mesmo tempo, recebeu a notícia de que, em breve, seria pai. Desde então ele vem fazendo todo o tipo de trabalho esporádico para conseguir complementar a renda da mulher, que continua trabalhando. “Faço de tudo, até trabalhar em obra”, afirma o profissional.
Os esforços, no entanto, não têm sido suficientes, especialmente com uma criança pequena em casa. “Temos recebido ajuda financeira da família para arcar com os compromissos, incluindo o aluguel.”
Fernochi diz que, apesar da crise e da redução dos postos de trabalho no País, continua mandando currículos para empresas e procurando vagas em agências de emprego. Mas lá se vão dois anos e meio de busca sem sucesso. “É como se eu fosse experiente demais para uma vaga de salário mais baixo. Mas eu estou topando qualquer coisa, mesmo que seja para ocupar outra função.”
Aos 30 anos, o designer faz parte de uma geração que vive a primeira grande crise econômica brasileira. “Tenho vivido uma avalanche.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.