CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – Um terremoto poderoso atingiu o oeste do México nesta segunda-feira, no aniversário de outros dois tremores devastadores, matando pelo menos uma pessoa, danificando prédios, provocando quedas de energia e fazendo com que moradores da Cidade do México deixassem suas casas em busca de segurança.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse em um pronunciamento que uma pessoa morreu na cidade portuária de Manzanillo, na costa do Oceano Pacífico, após o desabamento de uma parede em uma loja. Autoridades também reportaram estragos em dois hospitaais no Estado de Michoacán, na região oeste do país, próxima ao epicentro, que foi em uma parte pouco povoada do país.

O tremor de magnitude de 7,6 foi registrado pouco depois das 13h no horário local, próximo à costa oeste e perto da divisa de Michoacán com o Estado de Colima, onde fica a cidade de Manzanillo, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

O tremor aconteceu em profundidade relativamente baixa, a apenas 15km da superfície, o que pode ter amplificado seu impacto.

O centro de alertas de Tsunamis do Pacífico dos EUA emitiu um alerta de tsunami para algumas partes da costa mexicana, dizendo que havia a possibilidade de ondas entre 1 e 3 metros acima do nível da maré.

A prefeita da Cidade do México, Cláudia Sheinbaum, disse que não havia informações sobre grandes prejuízos na capital após os tremores, que estremeceram o México no mesmo dia em que terremotos sacudiram o país nos anos de 1985 e 2017.

“Parece uma maldição”, disse Isa Montes, designer gráfica de 34 anos de Roma Sur, um bairro de classe média da capital mexicana, enquanto helicópteros sobrevoavam a cidade.

A Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), uma das instituições de ensino superior mais prestigiadas do país, disse não haver explicação científica para a ocorrência de três grandes terremotos na mesma data, e atribuiu o fato à pura coincidência.

Milhares de pessoas morreram no terremoto no dia 19 de setembro de 1985, e outras 350 morreram no tremor do dia 19 de setembro de 2017.

Antes de anunciar a morte em Manzanillo, López Obrador disse que havia danos materiais próximos ao epicentro. Imagens publicadas nas redes sociais mostraram prédios muito danificados.

Autoridades mexicanas disseram que o alerta sísmico soou quase dois minutos antes do terremoto, dando tempo para que moradores deixassem suas casas.

Ainda assim, algumas pessoas na capital tiveram dificuldades para entender que era um terremoto real, já que o governo já havia soado o alarme mais cedo durante o dia, como um exercício prático relembrando os terremotos do passado na mesma data.

(Reportagem da Redação Cidade do México)

((Tradução Redação São Paulo))

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