22/04/2019 - 20:42
A Tesla espera implementar em 2020 “robô-táxis” autônomos, anunciou nesta segunda-feira o CEO da empresa, Elon Musk, durante a apresentação de sua tecnologia melhorada para veículos sem motorista.
Musk disse em uma apresentação a um investidor que espera a aprovação do regulador em algumas jurisdições para o serviço de transporte autônomo de táxis, que poderia utilizar alguns veículos Tesla na estrada se seus proprietários estiverem de acordo em compartilhar estes veículos.
“Estou muito confiante em prever os robôs-táxis autônomos para o ano que vem”, disse Musk, ao acrescentar que espera operar um modelo similar para o Uber ou o Airbnb.
Acrescentou que a Tesla pode adicionar um aplicativo de viagens compartilhadas e os proprietários que escolham participar da rede poderiam se beneficiar disso.
“A utilidade fundamental dos veículos aumenta em um fator de cinco” com um sistema de táxis, disse.
Antes a empresa havia revelado um hardware com capacidade de “autocondução completa” como parte de sua estratégia de levar carros autônomos ao ‘mainstream’.
A Tesla já permite a autonomia parcial para seus carros, mas o caminho para ter a autonomia total enfrenta obstáculos legais e de regulação consideráveis.
O chip anunciado chega em um momento em que a Tesla concorre com a Waymo, a Uber e os fabricantes tradicionais para levar ao mercado os automóveis autônomos.
Musk disse que o chip, que está sendo instalado em todos os veículos da Tesla, tinha um significado simbólico na condução autônoma.
“Inicialmente isto parecia improvável. Como é possível que a Tesla, que nunca havia criado um chip, poderia criar o melhor chip do mundo? Mas foi isso que aconteceu”, disse.
Apesar das afirmações de Musk, os veículos da Tesla não estão implementando a definição padrão de autonomia de “nível 4”, que controlaria todas as funções com um humano em espera ou uma autonomia de “nível 5”, que não necessitaria humanos.
Musk disse que espera que com a tecnologia Tesla, os motoristas não precisem tocar no volante a partir do início do ano que vem e que deve obter a aprovação regulatória em algumas áreas no fim de 2020.