O Tesouro Direto é um programa do governo desenvolvido em parceria com a bolsa de valores brasileira (B3) para a venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. O programa foi criado em 2002 para democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo aplicações a partir de R$ 30.

Esses investimentos têm rentabilidade prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da taxa básica de juros da economia (Selic), além de diferentes prazos de vencimento e fluxos de remuneração.

Na prefixada, o investidor sabe a rentabilidade e quanto vai receber na data de vencimento do título, enquanto que no Tesouro Selic, a rentabilidade da aplicação é baseada na taxa Selic. No IPCA+, a rentabilidade da aplicação é baseada em uma parte fixa e uma parte atrelada a variação da inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

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O economista e gestor de investimentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Vinicius Machado, e o educador financeiro da Plano Fintech de Educação Financeira, Ricardo Hiraki, esclarecem algumas dúvidas sobre os investimentos:

Tem taxa para investir no Tesouro?

Vinicius Machado: No Tesouro Direto, geralmente, as corretoras não cobram nenhum tipo de taxa para investir, mas existe uma taxa de 0,2% ao ano na própria bolsa que cobra essa taxa de custódia. Quando os títulos são comprados diretamente em mesa de negociação de renda fixa, não existe nenhum tipo de taxa de custódia, mas tem spread sobre o título. Sempre vai ter algum tipo de taxa de custódia ou de corretagem.

Posso retirar o dinheiro antes do vencimento?

Vinicius Machado: Não é possível retirar o dinheiro antes do vencimento. É possível vender o título para outra pessoa.

Como é cobrado o imposto de renda?

Ricardo Hiraki: Há uma tabela regressiva com quatro descidas de alíquota. Após seis meses de aplicação, são 22,5% sobre os ganhos. Do sexto mês a um ano, são 20% sobre os ganhos de rentabilidade. De um ano a dois anos o investidor vai pagar 17,5%. Quem fica com o valor investido por mais de dois anos paga a menor alíquota, de 15% sobre os ganhos no período.

Posso perder dinheiro?

Vinicius Machado: É possível perder quando os títulos são pré-fixados, vinculados a inflação. Na pandemia, a bolsa caiu, os títulos públicos vinculados a inflação de longuíssimo prazo também tiveram queda de 10% a 15% em um mês. Para evitar as oscilações, o título que deve ser comprado é o Selic, que tem rendimento positivo diariamente, porém não é o título que mais rende.

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