O Tesouro Nacional, em parceria com a B3, lançou o Tesouro Educa+, título público destinado ao financiamento da educação. O objetivo é possibilitar que famílias poupem recursos e invistam no ensino dos filhos, permitindo o pagamento de mensalidades universitárias, intercâmbios e outras despesas relacionadas à educação.

Resumo 

  • O Tesouro Educa+ estará disponível para compra no site do Tesouro Direto. O título poderá ser adquirido para um período de investimento de 3 a 18 anos.
  • Após a data de vencimento escolhida, o investimento será retornado ao investidor em parcelas mensais durante cinco anos – com total de 60 prestações mensais.
  • O investidor deve escolher um ano para começar a receber a renda mensal. O valor mínimo de aplicação é de R$ 30.
  • Os recursos podem ser utilizados para custear mensalidades de faculdades particulares ou intercâmbios, além de outras despesas educacionais como materiais e moradia.

Segundo Vinicius Vilaça, assessor de investimentos do escritório Arcani Investimentos, o Educa+, pela simplicidade e pela facilidade operacional, é um grande ganho para os brasileiros. “Já para outras finalidades ele não será, necessariamente, o mais interessante, pois limita sua flexibilidade em alguns pontos”, avalia.

Por exemplo: o investidor tem que selecionar um ano para que ele pare de aportar e comece a receber a renda mensal e isso não é interessante para quem tem a finalidade de investir no longo prazo. “Além disso, quando você passa a receber a renda mensal, você deixa de receber os juros compostos. Então se a finalidade for outra, que não o custeio da educação, e você não precisar daquele dinheiro, o ideal é manter o valor aplicado, sem as retiradas, deixando o montante crescer”, acrescenta.

Na avaliação de Vilaça, por este aspecto de pouca flexibilidade e da necessidade de estipulação de um prazo para o recebimento da renda mensal, ao invés de deixar “o bolo crescer”, o Educa+ não é uma boa opção para uma finalidade diferente da que ele se propõe, que é a de cobrir despesas de educação.

“Se o investidor tem em mente que, eventualmente, ele precisará receber uma renda mensal por um período, período esse de 60 meses, ele pode usar o Tesouro Educa+ para essa finalidade”, diz Tiago Feitosa, analista de mercado financeiro da T2 Educação.

Por exemplo: o investidor, ao invés de fazer o Educa+ para estudar, pode querer usar o dinheiro para fazer um ano sabático e ficar um, dois ou três anos viajando pelo mundo, contando com essa renda. São possibilidades, que cada pessoa, dada a sua necessidade, pode utilizar. “Na minha leitura sim, ele é uma boa opção para outras finalidades, desde que essas finalidades estejam alinhadas com o objetivo que é: ter uma renda mensal durante 60 meses”, finaliza Feitosa.