Entre as aplicações mais seguras do mercado brasileiro, a Letra Financeira do Tesouro (LFT), também conhecida como Tesouro Selic no Programa de Compra e Venda de Títulos Públicos Federais pela Internet (Tesouro Direto) com vencimento para 2027 rendeu 12,88% em 12 meses, segundo dados da Secretaria Tesouro Nacional (STN).

Esse rendimento é praticamente o dobro da caderneta de poupança, que rende 6,17% ao ano + TR (taxa referencial), e acima da média de 11,85% dos 30 principais certificados de depósito bancários (CDB DI).

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Ainda para efeito de comparação, enquanto a taxa básica de juros (Selic) está atualmente em 13,75% ao ano, a taxa média da Selic nos últimos 12 meses ficou em 12,55%, e a taxa média de certificados de depósito interfinanceiros (CDI) ficou em 12,50%.

Na comparação com fundos de investimentos, dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) até 25 de dezembro de 2022 mostram que Fundos Simples tiveram rentabilidade de 11,59% em 12 meses. Já Fundos de Renda Fixa de Duração Baixa e Crédito Soberano mostraram resultado de 11,41% em 12 meses. Ambos os casos já descontados as taxas de administração cobradas por gestoras de fundos.

Disponível no Tesouro Direto, o título Tesouro Selic com vencimento em 1º março de 2027 só perde em rentabilidade na renda fixa quando comparado com fundos que possuem risco corporativo (privado). Os fundos de renda fixa DI de duração baixa e crédito livre tiveram ganhos de 13,28% em 12 meses até 25 de dezembro.

Relatório do Tesouro Direto divulgado pela Ágora Investimentos também mostrou que outros títulos do Tesouro Selic com vencimentos mais curtos também tiveram rentabilidades expressivas nos últimos 12 meses: Tesouro Selic 2023 (12,32%), Tesouro Selic 2024 (12,55%) e Tesouro Selic 2025 (12,67%).

“Diante do cenário de juro real ainda atrativo, continuamos preferindo os títulos indexados à inflação, portanto a composição da carteira para este mês é de 65% em títulos indexados à inflação com vencimento em 2026 (o mais curto disponível para compra), assim o investidor se protege da inflação no médio prazo e ainda obtém um juro real próximo de 6,4%. Os outros 35% em Tesouro Selic, título indexado à variação da Selic, podendo ser vendido a qualquer momento sem ter o risco de taxa de juros (duration). Reiteramos que a nossa sugestão é manter o título até o vencimento, sendo que se não for essa a estratégia de investimento, a alocação somente em Tesouro Selic deve ser analisada”, descreve relatório da Ágora Investimentos encaminhado à DINHEIRO.