Considerado um dos programas sociais de maior impacto para a população de baixa renda do Brasil, o Minha Casa Minha Vida já beneficiou cerca de 16 milhões de pessoas — o equivalente à população da Holanda —, desde sua criação, em 2009. Até o final do ano passado, foram entregues cerca de 4 milhões de unidades residenciais em todo o País, injetando mais de R$ 110 bilhões em subsídios à moradia. Nos últimos anos, o programa passou por diversas alterações em suas regras, principalmente em relação à faixa de renda apta ao benefício. Em 2018, o Minha Casa Minha Vida contemplou famílias com renda bruta mensal entre R$ 1.800 e R$ 9.000, ficando a maior fatia (72%) para as que recebem até R$ 4 mil. Para colocar de pé todas essas casas e apartamentos, diversas construtoras nacionais disputam espaço para conquistar os contratos do governo. E uma das maiores vencedores dessa guerra é a Pacaembu, eleita, pelo quarto ano seguido, a campeã da categoria Construção Imobiliária — Capital Fechado do prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO. Em segundo lugar, ficou a MBigucci e em terceiro, a FG Empreendimentos.

Fundada há 26 anos, em São Paulo, a Pacaembu tem 100% de sua operação focada no Minha Casa Minha Vida e registrou receita bruta de R$ 808 milhões no ano passado, ante R$ 573 milhões de 2017, um crescimento de 41%. Já o lucro líquido foi de R$ 83 milhões em 2017 e de R$ 114,5 milhões no ano passado, alta de 38%. O CEO da companhia, o administrador paulista Wilson Amaral, 66 anos, não fala em estimativas de números para este ano, mas se mostra otimista. “Apesar da crise econômica que ainda afeta o País, teremos mais um ano positivo”, afirma Amaral, que se diz feliz e honrado com o prêmio da DINHEIRO. “Esse reconhecimento prova que estamos fazendo um belo trabalho. Não somos a maior empresa do setor, mas buscamos sempre qualidade máxima em tudo o que fazemos. A premiação da DINHEIRO coroa nosso esforço”. No portfólio da empresa, há condomínios residenciais, conjuntos habitacionais horizontais e verticais, loteamentos e prédios públicos, como escolas, creches, postos de saúde e espaços para a prática desportiva.

Os números da Pacaembu traduzem o sucesso da construtora, a começar pela Venda Sobre Oferta (VSO), indicador que avalia a sustentabilidade financeira das empresas do setor. O VSO aponta o percentual de sucesso em relação ao total de unidades colocadas à venda pela incorporadora. Na Pacaembu, o índice VSO foi de 93,2%, em 2018, um dos melhores do País.

Wilson Amaral / Empresa: Pacaembu / Cargo: CEO / Principal realização da gestão: fortalecer a companhia e elevar ainda mais o padrão de qualidade e observância dos prazos contratuais (Crédito:Divulgação)

Em todo o ano passado, a companhia lançou 5,8 mil unidades habitacionais, vendeu 6 mil e entregou 8 mil moradias. Com um detalhe fundamental para o segmento: 100% dentro dos prazos contratuais. As casas entregues em bairros planejados totalizaram R$ 788,4 milhões em VGV (Volume Geral de Vendas). Essa batelada de números colocou a empresa como uma das cinco maiores do Brasil, pelo ranking Inteligência Empresarial da Construção (ITC), o mais respeitado do setor, elaborado há mais de 30 anos, a partir de pesquisas e entrevistas com profissionais responsáveis pelas obras em todas as regiõe do Brasil.

Presente em mais de 40 cidades por todo o estado de São Paulo, com cerca de 130 empreendimentos exitosos e mais de 50 mil unidades comercializadas, a construtora Pacaembu acaba de entregar a última etapa de um projeto emblemático para a companhia: o Vida Nova Ribeirão. Erguido no município paulista de Ribeirão Preto, trata-se do maior bairro planejado de casas do País, com quase 7 mil unidades residenciais, 760 lotes de comércio e serviço e que demandou investimentos de R$ 850 milhões. Atestando a fama da empresa como cumpridora de prazos, a primeira etapa do empreendimento foi entregue em dezembro de 2018, cerca de 6 meses antes do prazo contratual. E a fase final foi concluída com 9 meses de antecedência.

Segundo o CEO da companhia, aliar cumprimento dos prazos com qualidade do produto é uma das prioridades da empresa. “No nosso negócio, isso faz muita diferença”, destaca Amaral. Além disso, a obra do Vida Nova Ribeirão causou um verdadeiro aquecimento na economia local. A Pacaembu pagou R$ 81 milhões de impostos durante a obra e gastou R$ 58 milhões na compra de produtos e na contratação de serviços na região, gerando 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos. Também preocupada com a sustentabilidade dos seus empreendimentos, a companhia cobriu 700 mil metros quadrados do novo bairro com grama, o equivalente a quinze campos oficiais de futebol.

A cada ano, a Pacaembu planta cerca de 100 mil mudas nos seus empreendimentos. Apenas em ações sustentáveis, a empresa investiu R$ 430 mil no ano passado. Em algumas de suas obras, foi aplicada a mais moderna tecnologia disponível no mercado para estações de tratamento de resíduos. Com isso, o esgoto é transformado em água tratada, que será utilizada, por exemplo, na irrigação de jardins, na descarga sanitária e em sistemas industriais de resfriamento.

No caso do Vida Nova Ribeirão, uma das iniciativas ambientais adotadas foi o uso do mais moderno sistema de remoção e replantio de árvores. Assim, foi possível retirar árvores seculares — como exemplares de palmeira imperial e jerivá — e replantá-las em outros locais, sem danos à saúde do vegetal. Com tantas e variadas iniciativas positivas, a Pacaembu deve seguir como uma referência do setor. E já tem planos de expansão. “Vamos começar a atuar nas regiões Centro Oeste, Sul e Sudeste”, avisa Amaral. Para o ano que vem, a companhia deve começar a construir seu primeiro empreendimento fora de São Paulo, na Região Metropolitana de Goiânia.