Por Julie Steenhuysen

CHICAGO (Reuters) – O Estado do Texas relatou nesta terça-feira a primeira morte nos Estados Unidos de uma pessoa diagnosticada com monkeypox, um paciente gravemente imunocomprometido, de acordo com funcionários do Departamento de Saúde do Estado.

O caso ainda está sob investigação para averiguar o papel da doença, também chamada varíola dos macacos, na morte. Embora dolorosa, a doença raramente é fatal.

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Scott Pauley, porta-voz do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), disse em um e-mail que a agência está ciente da morte reportada de um adulto no condado de Harris, no Texas.

“O CDC continua monitorando de perto o surto de monkeypox, e estamos trabalhando ativamente com as autoridades do Texas para investigar essa situação”, disse. “Até que a investigação seja concluída, é prematuro atribuir uma causa específica de morte.”

Mais de 90 países onde a varíola dos macacos não é endêmica já relataram mais de 478.600 casos da doença viral, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência de saúde global.

As mortes fora da África, onde o vírus é endêmico, são raras. Países não endêmicos que relataram mortes incluem o Brasil, com duas mortes, Cuba, Equador, Índia e Espanha, de acordo com uma contagem da Reuters.

Casos causados pela forma do vírus que agora circula nos Estados Unidos –Clade IIb– raramente são fatais, embora pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos possam ter maior probabilidade de adoecer gravemente ou morrer, disse Pauley.

Qualquer pessoa pode se infectar com a varíola dos macacos, que se espalha através do contato próximo com uma pessoa infectada. No entanto, quase todos os mais de 18.101 casos de monkeypox nos Estados Unidos ocorreram entre gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens, de acordo com o CDC.

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