The New York Times. O presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos decidiram proibir voos do avião 737 Max da Boeing, revertendo uma decisão anterior dos reguladores americanos de manter os jatos voando mesmo após o acidente que matou 157 pessoas na Etiópia, o segundo acidente com o modelo em quatro meses.

A Federal Aviation Administration (FAA, agência da aviação americana) resistiu durante dias a pedidos de proibir que as aeronaves deixassem o solo mesmo quando os reguladores de segurança de 42 países já haviam proibido voos dos jatos. Ainda na terça-feira, a agência FAA disse que não havia “problemas sistêmicos de desempenho” que levariam a suspender os vôos do jato.

“A segurança do povo americano, de todas as pessoas, é nossa maior preocupação”, disse Trump a repórteres na Casa Branca. O acidente do vôo 302 da Ethiopian Airlines matou todas as 157 pessoas a bordo e ocorreu apenas alguns minutos após a decolagem. Em outubro, um 737 Max 8 operado pela Lion Air, transportadora indonésia, caiu em circunstâncias semelhantes e 189 pessoas foram mortas.

O pedido foi feito horas depois de o ministro dos Transportes do Canadá ter dito que os novos dados de rastreamento por satélite sugeriam semelhanças entre o acidente na Etiópia e o acidente em outubro passado. Em um comunicado divulgado após o anúncio de Trump, a FAA também citou “dados de satélite recém-refinados” como apoio à decisão de aterrar os jatos.

Marc Garneau, ministro dos Transportes do Canadá, disse que os dados de rastreamento de satélites da trajetória vertical do jato etíope na decolagem e dados comparáveis ​​do acidente da Lion Air mostraram “flutuações verticais” e “oscilações” semelhantes.