Com a ameaça de proibir o TikTok nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump abre uma nova frente na rivalidade tecnológica com a China, na qual os aplicativos inovadores agora têm ambições globais.

A China controla a internet de perto e bloqueia os sites considerados politicamente sensíveis. Apelidado de “Grande muralha informática”, esse sistema permitiu à China lançar sucessos digitais na ausência de concorrentes internacionais (Google, Facebook, Twitter), em grande parte bloqueados.

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– TikTok, 2 bilhões de downloads –

Músicas, desafios e cenas de humor: o aplicativo de vídeos curtos conquistou os adolescentes do mundo inteiro.

Em abril, o TikTok superou os 2 bilhões de downloads, em pleno confinamento pela pandemia, segundo a empresa Sensor Tower, que mede a popularidade dos aplicativos.

TikTok é a versão internacional do aplicativo Douyin (em mandarim), destinado ao mercado chinês.

Ambos pertencem à empresa ByteDance, fundada em Pequim em 2012 pelo engenheiro de computação Zhang Yiming. Aos trinta anos, esteve entre as 20 grandes fortunas de China em 2019 (avaliada em US$ 13,5 bilhões, segundo o ranking do Hurun).

– WeChat, o WhatsApp chinês –

É um aplicativo de mensagem instantânea lançado em 2011, que inicialmente tinha funções semelhantes às do americano WhatsApp (envio de mensagens, fotos e vídeos). WeChat foi o primeiro a propor a função de mensagens de áudio, o que o tornou muito popular na China.

Depois, outros serviços foram incorporados ao aplicativo: pagamento por telefone, serviço de notícias, reservas de hotéis ou viagens, videogames e finanças online.

WeChat tem pelo menos 1,2 bilhão de usuários ativos. São majoritariamente chineses, embora o aplicativo funcione em 20 idiomas. Seu dono é Tencent, um dos gigantes digitais chineses e o líder indiscutível em videogames para smartphones.

– SHAREit, compartilhar sem limites –

Filmes, fotos, música e até documentos de texto. SHAREit é um aplicativo de conteúdos compartilhados que aceita todo tipo e tamanho de arquivos.

Permite compartilhar rapidamente arquivos pesados em qualquer tipo de dispositivo (smartphones, computadores ou tablets) sem precisar conectar à internet e conservando a qualidade original.

A principal vantagem do aplicativo é a confidencialidade das trocas, que à princípio não podem ser interceptadas por um terceiro.

– Meitu refaz a foto –

Embelezar uma foto antes de compartilhar nas redes sociais.

Meitu (“Linda imagem” em chinês) propõe uma verdadeira “maquiagem virtual” para melhorar a imagem: apaga rugas e imperfeições.

Meitu, que originalmente criou um software de edição de fotos para PC, lançou em 2013 seu primeiro aplicativo de selfies, atualmente um dos mais populares na China, onde a edição de fotos é um verdadeiro esporte nacional.

O aplicativo diz ter mais de 720 milhões de usuários fora da China.

– VivaVideo –

Adicionar texto, sobrepor imagens ou efeitos especiais, fazer diversas montagens: o VivaVideo permite fazer vídeos de qualidade profissional no smartphone de maneira simples.

O aplicativo conta com mais de 800 milhões de downloads, segundo os proprietários do QuVideo.

– Zynn –

Lançado em maio, Zynn pretende ser a sombra do TikTok, pagando a seus usuários para assistir vídeos. Tornou-se rapidamente um dos aplicativos mais baixados nos Estados Unidos, o único país onde está disponível, junto ao Canadá.

Após um litígio por direitos autorais, o Zynn foi retirado temporariamente das lojas de aplicativos Google Play e AppStore.

O aplicativo voltou às plataformas, mas não recompensa mais seus usuários com pontos.