26/11/2020 - 3:48
A administração de Donald Trump concedeu nesta quarta-feira (25) um nova prorrogação de prazo de uma semana para a ByteDance, a dona chinesa do aplicativo de vídeos TikTok, vender seus ativos nos Estados Unidos.
O comitê de investimentos estrangeiros nos Estados Unidos (CFIUS) “concedeu ao ByteDance uma prorrogação de uma semana, de 27 de novembro a 4 de dezembro, para ter tempo de examinar uma proposta revisada que o comitê já recebeu”, informou um porta-voz do Tesouro americano.
+ Bolsas de NY fecham mistas em dia de ata do Fed e indicadores nos EUA
+ Criança faz pedido de R$ 400 em lanches pelo celular da mãe
Este novo prazo, após os 14 dias concedidos em 13 de novembro, adia a ameaça de proibição de operação nos Estados Unidos para o TikTok.
O futuro do aplicativo de vídeos está ameaçado nos Estados Unidos desde que o governo Trump afirmou que a China usa o TikTok para espionar seus usuários.
Trump assinou um decreto em 14 de agosto forçando a ByteDance a vender seus ativos nos Estados Unidos em 90 dias por representar uma ameaça à “segurança nacional dos Estados Unidos”.
Washington exige que a empresa chinesa venda seus ativos nos Estados Unidos para empresas ou investidores locais.
De acordo com os autos consultados em 13 de novembro, a rede social, que nega as denúncias de espionagem, propôs a criação de uma nova empresa, na qual concentraria suas atividades nos Estados Unidos.
A nova empresa seria composta pelo grupo Oracle IT, como parceiro de tecnologia, a gigante varejista Walmart, como aliada comercial, e os investidores americanos da ByteDance.
Trump havia dado seu aval em setembro a uma primeira oferta da ByteDance, que previa que Oracle e Walmart adquirissem 20% das ações de uma empresa chamada TikTok Global, responsável pelas atividades globais da plataforma, com sede nos Estados Unidos.
Mas logo surgiram empecilhos para um acordo e várias pessoas próximas ao presidente dos Estados Unidos consideraram que, com esta proposta, a ByteDance continuaria a ter o controle sobre a nova empresa.
O TikTok e seus aliados então lançaram uma ofensiva judicial para resistir às pressões do governo dos Estados Unidos.
Qualquer acordo fechado entre ByteDance e Washington terá que ser aprovado por Pequim, que impõe restrições às exportações de tecnologias criadas por empresas chinesas.
O famoso algoritmo do TikTok, que mostra o conteúdo com maior potencial de interesse aos usuários com base em seus gostos, é bastante cobiçado no mercado e a China quer evitar que ele caia nas mãos dos Estados Unidos.
O TikTok tem 100 milhões de usuários nos Estados Unidos e 700 milhões em todo o mundo.