21/10/2020 - 16:57
O aplicativo de compartilhamento de vídeos TikTok anunciou nesta quarta-feira (21) que intensificará as medidas para eliminar o conteúdo de ódio em sua plataforma, banindo estereótipos antissemitas, bem como postagens de nacionalismo branco e supremacia masculina.
As regras ampliadas contra a promoção de ideologias de ódio no TikTok incluem a proibição de “desinformação e estereótipos prejudiciais” sobre as comunidades judaica, muçulmana e outras, disse a empresa em um blog.
“Isso inclui desinformação sobre pessoas e famílias judias notáveis sendo usadas para espalhar o antissemitismo”, explicou o TikTok, que já havia proibido as postagens de negação do Holocausto.
O TikTok também removerá mensagens de conteúdo prejudicial direcionadas à comunidade LGBTQ+, incluindo a promoção da terapia de conversão.
As equipes de segurança do TikTok, já encarregadas de conter ideologias odiosas como o neonazismo e a supremacia branca, agora também eliminarão “ideologias fechadas”, como o nacionalismo branco e a supremacia masculina, de acordo com a empresa.
“Como parte de nossos esforços para evitar que ideologias odiosas ganhem espaço, vamos cortar pela raiz a disseminação de linguagem codificada e símbolos que podem normalizar o discurso e o comportamento de ódio”, anunciou o TikTok.
Plataformas de rede sociais como Facebook, Twitter, TikTok e YouTube intensificaram sua luta contra o conteúdo de ódio, à medida que inúmeros protestos antirracistas e pela igualdade de direitos abalaram várias cidades dos Estados Unidos.
O discurso político também vem alimentando a divisão social com a aproximação das eleições presidenciais americanas, marcadas para 3 de novembro.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou proibir o uso do TikTok, de propriedade de uma empresa chinesa, se o aplicativo não ficar sob o controle de empresas americanas antes de 12 de novembro. O presidente acusa – sem provas – a prática de espionagem de usuários por Pequim.
A empresa controladora do TikTok, a ByteDance, está negociando com as gigantes americanas Oracle e Walmart para vender suas operações nos Estados Unidos, onde o aplicativo tem cerca de 100 milhões de usuários.